As reclamações dos pacientes que utilizam os serviços do Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) motivaram a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores a ver de perto a situação a unidade de saúde, que há mais de 5 anos é administrada pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

A comissão, composta pelo presidente Alex Tanuri (PSDB), o vice, vereador Tiano Félix (PT), e as vereadoras Valdeci Alves (PV) e Suzana Ramos (PT do B) reuniu-se com a superintendente do HRJ, Ana Beatriz Aguiar; a coordenadora do Serviço Social, Kátia Carreiro; o diretor Administrativo e Financeiro, Rodrigo Cabral e o diretor de Ensino e Pesquisa, José Antônio Bandeira.

Com o objetivo de fiscalizar os investimentos, projetos e execução dos serviços para a população, a comissão questionou a suspensão de alguns serviços no hospital como as cirurgias eletivas e raios-X.

De acordo com a superintendente, o contrato de gestão foi renovado sem reajuste e, como consequência, o valor repassado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) é insuficiente: “Temos um custo de R$ 4,6 milhões e o repasse é de R$ 3,8 milhões”, informou Ana Beatriz.

Segundo a coordenadora de serviço social do hospital, todos os pacientes são atendidos e os procedimentos internos realizados normalmente. “Continuamos com a meta de cirurgias e exames em pacientes internos e de emergência”, esclareceu Kátia.

Alex Tanuri esclareceu que a comissão tem objetivo de intermediar o diálogo entre a gestão hospitalar e o governo do estado para sanar os problemas. “Estamos aqui para colaborar, vamos convocar todos os envolvidos para achar uma solução”, assegurou.

Através da pactuação Pernambuco-Bahia, o Hospital atende 55 municípios, o que preocupa a vereadora Neguinha da Santa Casa, “O Regional é para atendimento de alta e média complexidade e a demanda é alta”.

Solução

Em busca de solução, as vereadoras Suzana e Neguinha estiveram no mês de janeiro na Sesab, que respondeu que já houve um aumento no repasse para o Regional” – segundo Suzana, em relação ao aditivo de R$ 800 mil no contrato.

O vereador Tiano Félix sugeriu uma reunião entre membros da Sesab e Imip, para avaliação do contrato. “Acredito que seja necessária uma revisão no contrato de gestão Imip/Sesab para que as demandas do hospital sejam supridas”, analisou.

A comissão se comprometeu em solicitar documentação do hospital para analisar as condições financeiras e de funcionamento e empreender ações políticas para devolver à população os serviços suspensos. (foto: Joselito Tavares/divulgação)