A secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, minimizou as recentes críticas desferidas pelo vereador da bancada de oposição, Dr.Pérsio Antunes (PMDB), o qual atribuiu a ela e ao secretário Geraldo Júnior (Planejamento, Gestão e Orçamento) a responsabilidade por ter influenciado o prefeito Julio Lossio a não conceder reajuste salarial aos médicos.

Pouco antes de apresentar o balanço das ações de sua pasta no 3° quadrimestre de 2014, na Casa Plínio Amorim, na noite de ontem (14), Lúcia disse a repórteres que não viu as declarações como críticas.

“Foi apenas uma opinião particular, e temos de respeitar”, afirmou a secretária. Ela explicou que o município tinha uma disponibilidade financeira para estar concedendo alguns reajustes salariais a todas as secretarias, e isso precisou de um estudo “bastante detalhado” pelo secretário Geraldo Júnior.

Em relação à Secretaria de Saúde, ela informou que algumas prioridades foram estabelecidas pela administração no intuito de fazer correções de reajustes, que em anos anteriores não haviam sido feitas. “Inclusive os médicos também foram contemplados”, ressaltou Lúcia, descartando, no entanto, que o quantitativo solicitado pelos médicos, desta vez, não pôde ser atendido.

Balanço

Lúcia ainda rebateu alguns problemas pontuais da pasta, a exemplo de vacinas para a rede municipal, a exemplo da BCG, que sofreram atraso devido à demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em liberar os lotes. Sobre as ambulâncias do Samu, a secretária disse que as cinco estão em funcionamento – sendo quatro Unidades de Serviço Avançado (USA) e uma de Serviço Básico (UBS). E alegou que se em algum momento alguma das ambulâncias deixou de fazer o atendimento foi porque precisou ser recolhida para a manutenção. Ela disse ser possível que a retenção de macas nos hospitais, como vem ocorrendo na cidade, contribua para eventuais reclamações.

A secretária também justificou que as dificuldades financeiras dos municípios, causadas em parte pelas emendas impositivas de autoria dos parlamentares, fizeram a prefeitura segurar os investimentos para manter os serviços estabelecidos, “o que vem sendo um grande desafio”, disse. Mas o balanço feito pela secretária, até agora, é positivo.

Ela destacou avanços na atenção básica, falou de obras em andamento e das que serão inauguradas, pontuou serviços de baixa e média complexidade e elogiou a quantidade de 90 médicos atuando na rede municipal (incluindo atenção básica e serviços de média complexidade). “O balanço é positivo e isso só nos anima a trabalhar ainda mais pela saúde de Petrolina”, avaliou Lúcia.