Ânimos à flor da pele: Casa Plínio Amorim tem mais um capítulo turbulento que termina com sessão encerrada antes da hora

por Carlos Britto // 08 de maio de 2015 às 06:56

betãoO clima das últimas sessões plenárias na Casa Plínio Amorim, em Petrolina, continua tenso. Prova disso é que ontem (7) todos os projetos que deveriam ser votados – incluindo o que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos auditores fiscais, de autoria do Executivo Municipal, e o de Decreto Legislativo da Mesa Diretora, autorizando a viagem do prefeito Julio Lossio a Roma – não foram votados.

Para “evitar mais um desgaste” ao perceber o ambiente pesado, o vereador e 2º vice-presidente da Mesa, Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL), decidiu encerrar a sessão, sob aplausos de boa parte dos colegas.

Betão estava presidindo ontem a Mesa na audiência pública que discutiu a possibilidade de a Univasf conceder uma bonificação de 20% a alunos da região para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já que o 1º vice-presidente, Ibamar Fernandes (PRTB), havia chegado atrasado.

Desde a semana passada Ibamar vem assumindo os trabalhos da Mesa em virtude do presidente Osório Siqueira (PSB) estar no Recife, onde participa de um curso do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE). Mas na última terça a vereadora Cristina Costa (PT) se indispôs com o presidente, ao alegar que Ibamar “privilegia” alguns colegas no tempo de discurso na Casa, violando o Regimento Interno. E anunciou, por meio de um ofício, que não mais compareceria às sessões plenárias enquanto ele fosse o presidente. Cristina contou com o respaldo do líder do PT na Casa, Geraldo da Acerola, e de todos da bancada governista.

Ânimos exaltados

No entanto, mesmo com a chegada de Ibamar à sessão de ontem, Betão solicitou ao colega continuar presidindo os trabalhos. O 1º vice-presidente concordou. Mas outros vereadores da bancada de oposição, a exemplo de Manoel da Acosap (PHS), questionaram o fato de o Regimento Interno não permitir que o 2º vice-presidente assuma a Mesa Diretora quando o 1º vice estiver presente. Manoel chegou até a sugerir um “acordo” nos bastidores da Casa para driblar o Regimento, o que foi negado por Betão.

Vendo que Cristina Costa e seus colegas que a apoiaram na última terça deixariam o plenário se Ibamar conduzisse a Mesa, Betão tomou a atitude de encerrar a sessão, em mais um capítulo turbulento na Casa Plínio Amorim.

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