O sonho de ter um filho acabou em apenas quatro meses para a comunitária Cristiane Maria da Cruz. Mas o drama dela está apenas no começo. Funcionária de um salão de beleza, Cristiane descobriu ontem (16), depois de ter feito um exame particular de ultrassonografia, que havia sofrido um aborto natural.
“Há umas três semanas eu andava com pressão alta e dores de cabeça. Aí resolvi fazer o ultrassom. Meu médico não teve coragem de dizer que eu tinha perdido meu filho. Só me disse para eu procurar com urgência o Imip”, revelou. Foi o que Cristiane fez. Ela contou que chegou por volta das 10h de ontem ao Hospital Dom Malan (HDM), gerido pelo Imip. Só então abriu o exame e se deparou com o resultado surpreendente.
Desde ontem, ela espera na fila por atendimento médico no HDM para retirar o feto de quatro meses do seu útero. Mas as notícias, segundo ela, não são boas. “Disseram que não há leitos para internar a gente e não podemos ocupar as macas porque podem chegar casos mais urgentes”, lamentou Cristiane, referindo-se também a outras seis pacientes que estão na mesma situação que ela.
Cristiane precisa ficar internada para passar pelo procedimento de retirada do feto, mas ela foi informada que não há previsão de quando isso acontecerá.
A reportagem do Blog procurou a assessoria de comunicação da unidade médica, que se prontificou em prestar os devidos esclarecimentos sobre o caso da comunitária e das demais pacientes.
Para quê tantos trabalhos acadêmicos, tantos mestres, tantos doutores, Phds, se não são capazes de fazer um atendimento a um ser humano que está em sofrimento?
E para este caso não é urgência não?!
onde está o ministerio publico que não estar vendo isso.