Artigo do leitor: A genealogia política por Ranilson e Fernando em Petrolina

por Carlos Britto // 06 de julho de 2015 às 21:00

MD REPÓRTER 02Neste artigo, o radialista e colaborador do Blog, Marcelo Damasceno, descreve a trajetória de duas lideranças política de Petrolina: Fernando Bezerra Coelho e Ranilson Ramos.

Confiram:

A genealogia política por Ranílson e Fernando em Petrolina

Em 1982, dois jovens surpreenderam o eleitorado conservador e dividido de Petrolina. Fernando Bezerra Coelho era escalado por seu tio Nilo Coelho, então senador, para disputar uma cadeira no parlamento de Pernambuco.  E com expressiva votação, elegeu-se pelo PDS deputado estadual, arrastando multidões para ouvi-lo, em diferenciada oratória. A atração era ele próprio, Fernando Bezerra Coelho.

Ao seu lado, Ranílson Ramos abria a fronteira das urnas, candidatando-se para a Câmara Municipal de Petrolina. Foi o mais votado e se tornou, dias depois, emblemático presidente da Casa Legislativa, com a teoria implícita da terceira via, tantos anos atrás. Um profecia para os dias modernos do prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB).

Ranilson Ramos, era filiado ao PDS, mas carregava seu sertão libertário nos discursos adquiridos em longo aprendizado da sua parentela liderada por irretocável imigrante, em simpatia e discrição, seu pai, Gregório Ramos, comerciante da cebola e dos insumos do então embrionário “agronegócio”, simultaneamente ao ciclo irrigado. FBC virou liderança inconteste em capítulos de sua vida marcados por desavença e rompimento com todos os seus tios.

Ranílson Ramos sedimentava sua carreira, e ainda aos seus 23 aos de idade, liderando com surpreendente habilidade, a convivência dos contrários numa legislatura barulhenta e convivência quase bélica com inimigos letais e discursos sem clemência pelo adversário político. Ranílson Ramos se notabilizava em dobradinha junto ao mais novo quadro de sua geração, FBC.

Fernando, quatro anos depois, ampliou sua meta e peitou Osvaldo Coelho. Nascia ali a cisão dentro do PDS de Nilo Coelho. Em 1986, a campanha eleitoral de Miguel Arraes irrompia um Pernambuco de atmosfera insípida, tolerante às indiferenças de Brasília. FBC virou deputado constituinte; Ranílson ocupou sua cadeira no Recife, elegendo-se deputado estadual pela implícita terceira via. Já, já, eu conto o resto.

Marcelo Damasceno/Radialista

Artigo do leitor: A genealogia política por Ranilson e Fernando em Petrolina

  1. Francisco disse:

    Ninguém foi surpreendido com nada não meu amigo. Naquele tempo, o coronelismo era quem dava as regras. Você só podia votar neles ou neles.

  2. Lucas disse:

    E Ranilson é liderança? Não foi reeleito deputado estadual, perdeu feio para vereador, não conseguiu eleger Totonho Ramos a vereador e graças ao saudoso Eduardo Campos hoje ele Ranilson sobrevive e consegui com a força da máquina eleger o fiho, luquinhas. Isso que chamo de liderança!

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