Durante paralisação, policiais civis de Petrolina fazem grave denúncia: “Pedaços de corpos são jogados na rede de esgoto”

por Carlos Britto // 08 de julho de 2015 às 10:42

IMG-20150708-WA0004Como este Blog havia adiantado ontem (8), os policiais civis de Petrolina seguiram a paralisação de 24 horas que acontece nesta quarta-feira (8), em todo o estado de Pernambuco. Neste momento, delegados e agentes estão reunidos em frente ao Instituto Médico Legal (IML) no bairro Ouro Preto, zona oeste da cidade, onde protestam contra as más condições de trabalho e reivindicam avanços salariais da categoria. Os policiais aproveitaram para fazer uma grave denúncia.

Segundo o representante do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) na cidade, Roseno Neto, a situação é tão precária que restos de corpos estariam sendo jogados na rede de esgoto da cidade. “O IML de Petrolina é o pior do Brasil. Aqui os pedaços de corpos estão sendo jogados na rede de esgoto porque não há condições de trabalho. O governo do estado é intransigente e opressor dá aumento a outras categorias e não dá a quem precisa quem presta um serviço essencial à população”, denunciou o representante sindical.

Ele frisou que as paralisações de advertência acontecem desde o último mês de junho. Esta já é a quinta. Os policiais também garantem que as mobilizações estão sendo realizadas  porque o governo não teria cumprido os prazos para responder às queixas dos policiais em relação à má estrutura do IML e das delegacias.IMG-20150708-WA0008Durante a mobilização desta quarta-feira (8) os policiais civis também estarão distribuindo uma carta aberta à população, na qual pretendem alertar sobre os problemas que enfrentam. “Vamos distribuir cartas à população para explicar a nossa situação. Queremos pedir desculpas à comunidade pelo transtorno, mas precisamos lembrar que estamos cobrando melhores condições de trabalho para que possamos atender melhor os próprios cidadãos”, explicou Roseno Neto.

Segundo o líder sindical, durante a paralisação apenas os serviços essenciais serão realizados pelos policiais. (foto:Marco Aurélio)

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