Protagonista de uma recente polêmica provocada por uma iniciativa de sua autoria – o projeto ‘Mandato Cidadão’ –, o deputado estadual Odacy Amorim recebeu com naturalidade as críticas de que o projeto tenha caráter assistencialista. E, evidentemente, descartou qualquer insinuação nesse sentido.

Ao Blog, o deputado ressaltou que a unidade móvel lançada no último final de semana, na zona norte da cidade, não tem relação com assistencialismo. Pelo contrário. “É uma espécie de protesto pacífico. Percebemos as necessidades da população, que não são poucas, e fazemos o papel do beija-flor. Isso não vai resolver o problema, mas vai amenizar”, ressaltou.

Dotada de profissionais médicos, odontólogos e advogados, a carreta do Mandato Cidadão percorrerá os bairros da cidade semanalmente, de domingo à quinta. Dentro do veículo há espaço destinado também à realização de palestras. Na estreia, no último domingo (19), pelos bairros José e Maria e Santa Luzia, o deputado mostrou-se preocupado com a incidência de cáries entre os moradores, e lembrou de uma menina que há três dias sofria fortes dores de cabeça. Ela chegou a procurar a UPA local e, após ser consultada pela equipe do projeto, foi internada no Hospital Universitário (HU) com suspeita de aneurisma.

Odacy rebateu os comentários de que estaria imitando o assistencialismo assumido do deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB), que também tem uma unidade móvel de saúde atendendo a população da área urbana e rural de Petrolina. Segundo o parlamentar, o ‘Mandato Cidadão’ não tem nenhuma coloração partidária. “O eleitor não pode ser uma moeda de troca. Nosso projeto é de alto nível, respeitoso. Quem procurar os serviços da carreta pode ter a certeza de que não assumirá nenhum compromisso (político)”, argumentou.

Papel

O deputado frisou também que a carreta móvel do projeto foi viabilizada através da parceria com institutos e de sua amizade com profissionais da área de saúde e direito, os quais são voluntários. Ele adiantou que em algumas ocasiões irá acompanhar esse trabalho e revelou que vai solicitar a participação de outras instituições – a exemplo de hospitais, do Sistema ‘S’ e Judiciário, entre outras – a se engajar no projeto, como já fez a Qualivida, que cuidará da oferta de cursos profissionalizantes.

Odacy deixou claro ainda que o ‘Mandato Cidadão’ já é feito por ele há muito tempo, sob outras formas de atuação parlamentar – que é papel de todo político. Como exemplo, ele citou os encontros que teve com a diretoria do HU e Imip para tratar da saúde pública no município, além dos debates na Alepe referentes a questões materno-infantis e doenças raras. Sem falar no trabalho que realiza em outras comissões, como em defesa do Rio São Francisco.