Diante de toda essa polêmica das ‘cinquentinhas’ em Petrolina, quem saiu no lucro foi o presidente da Casa Plínio Amorim, vereador Osório Siqueira (PSB).
No último dia 11 de junho, a votação do projeto de lei – de autoria do vereador Betão (PSL) – tinha terminado empatada em seis votos. Foi necessário o presidente da Casa, usando da prerrogativa do voto minerva, desempatar a favor do projeto.
Mesmo aprovado, o mesmo não seguiu para sanção do prefeito Julio Lossio (PMDB). Ficou de molho no setor jurídico do Legislativo e gerou controvérsias, uma vez que já tinha passado em plenário.
Sem entrar no mérito dos equívocos, foi esse tempo em que o projeto ficou na Casa, após aprovado, que salvou a pele de Osório.
Com a sanção da presidente Dilma Rousseff à lei, os Departamentos Estaduais de Trânsito (no caso de Petrolina, a 8ª Ciretran) ficarão com a responsabilidade de emplacar as cinquentinhas, enquanto os municípios de fiscalizar a documentação dos veículos e a CNH de seus proprietários.
Como decidiu favorável ao projeto de lei municipal (que deverá ser arquivado), Osório ficou preocupadíssimo em sofrer um ônus irreparável em suas bases, no N-5 do perímetro Senador Nilo Coelho, onde praticamente dez entre dez moradores têm uma cinquentinha.
Agora, Osório tirou essa imensa carga das costas. Mas não foi só ele, não. Tem vereador na Casa Plínio Amorim contra o projeto, por questões eleitorais, mas que no fundo rasga elogios à decisão de Dilma, porque na prática sabe que a lei vai trazer infinitamente mais benefícios do que prejuízos.
