A Polícia Civil de Pernambuco ameaçou, mais uma vez, cruzar os braços a qualquer momento. O sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) afirmou, na tarde desta terça-feira (18), que deverá paralisar todas as atividades pela sexta vez, apenas este ano.
O vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, argumentou que já recorreu ao diálogo com o governo do estado, no entanto não obteve êxito em suas reuniões. “Buscamos mostrar a importância dos serviços investigativos prestados em Pernambuco, mas não funcionam como merece. Procuramos o diálogo com o governo do estado para solucionar este problema, depois de seis reuniões e paradas, mas nenhuma sinalização e melhora nos quadros da Polícia Civil de Pernambuco“, declarou.
Apesar do período de crise que atravessa o País – sobretudo Pernambuco – Cavalcanti reconheceu a crise financeira e afirmou ainda que está disposto para outras reuniões. Porém, o executivo estadual recusa resolver a circunstância.
O representante do sindicato admite o aumento no número de casos de crime no Estado. “O povo não pode padecer porque o número de crimes só aumenta. Não comemoramos o número da criminalidade, mas infelizmente é uma realidade“, lamentou.
Ele acrescentou, também, que o número de assalto a bancos aumentou, em virtude da marginalização em Pernambuco, com um salto de 300% – apenas nos seis primeiros meses do ano. “A criminalidade está vendo que a situação está frouxa. A polícia tem cota de combustível para rodar e, depois, a viatura tem que ficar parada. A polícia sequer tem colete à prova de bala. O bandido entende que a polícia é ineficiente, que não tem condições de prendê-lo”. Segundo Cavalcanti, a quantidade de assaltos a ônibus cresceu 30%, além do índice a roubo e furtos de veículos, que aumentou quase 70%, apenas este ano no mesmo período.(fonte: NE-10)