Ex-aliado do prefeito de Petrolina Julio Lossio (PMDB), o vereador Dr.Pérsio Antunes (PMDB) vem surgindo nos bastidores da Casa Plínio Amorim como o eventual substituto de Ronaldo Cancão à frente da bancada oposicionista – caso de fato o líder entregue o cargo. Mas Dr.Pérsio, como não seria diferente, despista sobre o assunto.

“Essa não é minha missão no momento. Minha missão é trabalhar”, despistou. Dr.Pérsio também saiu pela tangente quanto a um possível embarque no PV, como este Blog já havia trazido há algumas semanas. O vereador estaria cotado, inclusive, para assumir a presidência do partido.

Mas Dr.Pérsio, que é vice-presidente do PMDB em Petrolina, reforçou que tudo vai depender do desfecho da Reforma Política em Brasília para tomar qualquer decisão. “Não está fora de cogitação eu sair do PMDB. Não fui ouvido ainda pelo vice-governador (Raul Henry, presidente estadual), o prefeito ainda não me chamou. Se eles não me procurarem, vou procurá-los para ter uma conversa”, revelou.

Sobre eleições 2016, Dr.Pérsio deixou no ar se ainda caminharia ao lado de Lossio, porque apesar de compartilharem a mesma legenda, o vereador disse que o PMDB do prefeito não é o mesmo que o dele. Tanto é que deixou de ser candidato a deputado estadual – principal motivo que levou ao rompimento com o ex-aliado – por não seguir Lossio, o qual se alinhou com o partido em nível nacional, através do vice-presidente da República Michel Temer. “Meu PMDB é o PMDB de Jarbas Vasconcelos, mas não sei como está o entendimento de Jarbas e do vice-governador com o PMDB de Julio Lossio, que é ligado ao governo federal”, ponderou.

Coerência

O oposicionista também fez questão de deixar claro que desde a campanha do ano passado integra o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o qual diz manter um “respeito mútuo”, bem como mantém um bom relacionamento com seu ex-grupo. E voltou a dizer que, mesmo em campo oposto ao de Lossio, não deixará de votar na Casa Plínio Amorim em projetos do prefeito que sejam benéficos para Petrolina. “Quando se trata de política é uma coisa, relações interpessoais são outra”, completou.