Os dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), divulgados esta semana pelo Ministério da Educação, mostram que as regiões Norte e Nordeste têm os piores resultados. As áreas avaliadas foram leitura, escrita e matemática nas provas aplicadas a estudantes do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas.
Na escrita, a distância é maior. Apenas 3,72% dos estudantes do Nordeste e 4,12% do Norte alcançaram o melhor nível da avaliação. No Sul e Sudeste, o registro de alunos nesse patamar foi, respectivamente, de 32,55% e 36,13%. Para a escrita alcançar o melhor nível de avaliação, os estudantes precisam ter capacidade de escrever palavras com diferentes estruturas silábicas e um texto corretamente e com coerência.
Na avaliação de matemática, 11,76% e 13% dos alunos estiveram no patamar mais alto nas regiões Norte e Nordeste, enquanto nas regiões Sul e Sudeste 32,55% e 36,13% dos alunos alcançaram, respectivamene, esses níveis de avaliação. Esses estudantes são capazes, por exemplo, de resolver cálculos mais complexos.
A diferença entre as regiões se repete na avaliação de leitura. Enquanto 4,84% e 5,52% dos alunos do Norte e do Nordeste obtiveram o nível máximo na avaliação, nas regiões Sul e Sudeste 13,88% e 16,75% atingiram o mesmo resultado. Na leitura, entre as habilidades exigidas no nível máximo estão reconhecer referentes de pronomes possessivos e advérbios.
Segundo o ministro da Educação, Renato Janine, o único nível inadequado é o um.“Os níveis dois, três e quatro são adequados. O nível um é francamente inadequado. Ele sequer lê uma palavra”, informou o ministro.
O Centro-Oeste ficou com 7,49% dos estudantes no melhor patamar na avaliação de escrita, 10,47% na de leitura e 24,52% em matemática. Esta é a segunda vez que o exame é aplicado nacionalmente. Os dados da avaliação anterior foram divulgados apenas para as escolas. (de Agência)
É uma pena! Eu observo que o ensino hoje tanto nas escolas públicas como privadas, é uma verdadeira enrolação: As famílias mandam os filhos para a escola apenas porque não tem onde e com quem deixar as crianças e que a escola se ocupe com a parte da educação que lhe compete, a escola faz de conta que ensina e os alunos fazem de conta que aprendem.
Já passou da hora da sociedade tomar para si a responsabilidade que lhe compete, os dados citados na reportagem são claros e a falta de ensino não é por falta de verbas, pois verbas há e chegam, agora são mal aplicados e geridos.
Só temos a educação que pedimos, pois a maioria dos pais não se preocupa em saber como seus filhos estão na escola. Apenas os largam na escola e os querem formados depois. Não participam de reuniões. Não ajudam em tarefas. Muitos não liberam os alunos para atividades extracurriculares, por acharem besteira. Não cobram dos nossos governantes que os professores sejam realmente valorizados. Não apoiam os professores quando estes cobram seus direitos. Esse é somente o resultado de nossas escolhas. Enquanto uma postagem sobre a concessão de bônus na UNIVASF gera acaloradas discussões, essa aqui não dá ibope. A nossa única esperança em ter um país melhor no futuro é a valorização da educação.