O Projeto de Integração do rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional tem seu 1º sítio arqueológico de gravura rupestre no Eixo Leste, chamado de Laje das Onças, em Custódia (PE). Foram encontrados ao todo seis locais com as gravuras, vestígios pré-históricos, espalhados por todo o sítio, numa área total de 200 metros quadrados.
Os materiais encontrados foram os líticos, rochas utilizadas como ferramentas a exemplo de quartzo e sílex. O sílex é um material de excelente corte e bastante usado para fazer ponta de flecha. Já o quartzo era pouco utilizado por ter lascamento mais difícil. Foram descobertos também perfurações de pilões em rochas que são comuns no Brasil.
Esses vestígios são relevantes para a preservação do Patrimônio Arqueológico, histórico cultural e artístico daquela região, segundo Flávio André Silva, arqueólogo e preservador patrimonial, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
O trabalho dos arqueólogos é minucioso para o resgate de registro rupestre. Segundo a arqueóloga e responsável pelo sítio Laje das Onças, Emília Arnaldo, tudo dever ser observado, medido, anotado, descrito, desenhado e fotografado.
No Eixo Norte, no município de Terra Nova (PE), foi identificado o sítio arqueológico Coronel Alexandre, onde foram encontrados cerca de 30 projéteis de fuzil intactos, datados de 1912 a 1915. Também foram encontradas cerâmicas, vidrarias de perfume e bainha de facão.
O sítio passou a ser chamado de Coronel Alexandre porque os objetos encontrados estavam na fundação da casa do coronel, segundo relatos da vizinhança. De acordo com arqueólogo Flávio, “o Coronel Alexandre deu apoio financeiro a Lampião naquela época, conforme me relatou o Tenente Joaquim Freire, de 90 anos, que o conhecia”.
O Projeto São Francisco, garantido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), visa garantir a segurança hídrica a aproximadamente 12 milhões de pessoas que vivem no Nordeste Setentrional entre os Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
