Quando assumiu a presidência do Santa Cruz, há quase oito anos, Fernando Bezerra Coelho pegou um ‘abacaxi’ pela frente. O clube não tinha time e, pior: estava com sua casa praticamente indo a leilão. Com bom trâmite no metiê empresarial e político do Recife, FBC teve de priorizar. Montou o time que deu para aquela temporada e investiu no mais importante. Conseguiu reerguer o Estádio José do Rêgo Maciel, o ‘Arrudão’, inclusive com a troca do gramado e a recuperação do anel superior, além de sanear as pendências financeiras do clube com funcionários e quitar dívidas com a Celpe.

Também viabilizou um jogo da seleção brasileira para a capital pernambucana, nas eliminatórias de 2008 contra o Paraguai, após quase 20 anos, e ainda foi o responsável por reatar as relações rompidas então o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Carlos Alberto Oliveira (já falecido).

Durante o seu mandato de dois anos à frente do Santa, o hoje senador da República não deu nenhum título ao Tricolor. Nos campos, o time foi parar na Série D do Campeonato Brasileiro. Chegou a ficar até sem série. Mas deu a volta por cima, tendo Luiz Antônio Neto (sucessor de FBC) à frente do clube.

Após garantir o retorno à Série A do Brasileirão em 2016, no último final de semana, uma parte da torcida e a crônica esportiva do estado valorizam os esforços de Luiz Antônio Neto nessa saga do time coral. Mas não deixam de reconhecer o papel de FBC e outros dirigentes nesse processo. Nada mais justo. (foto/arquivo Blog)