Diante do aumento dos casos de microcefalia em Pernambuco, o governador Paulo Câmara reuniu-se, na tarde desta segunda-feira (23), no Palácio do Campo das Princesas, com integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa (Alepe). Na pauta, a necessidade da elaboração de um plano de ação para definir um diagnóstico preciso da situação e da determinação de mecanismos de combate às causas da síndrome. Para Câmara, esse é um momento de união e o debate deve ser ampliado para todas as esferas, pois a questão não é apenas regional. “Nós precisamos de um plano de ação em conjunto. Hoje, nós somos o único Estado que já tem um fluxo definido e um mapeamento dos casos. Temos que nos unir ainda mais para ajudar os municípios nessa questão”, afirmou.
O secretário de Saúde do Estado, Iran Costa, ressaltou a necessidade de um apoio maior do governo federal, com vistas ao esclarecimento da situação – que ainda gera muitas dúvidas na população – e ao encontro de soluções para o problema. O gestor também salientou que pautar o Congresso Nacional é essencial para a definição de um orçamento para reforçar a ação pública.
“Pernambuco já tem um certo planejamento, mas, com a magnitude que as coisas estão tomando, nós precisamos da ajuda da União“, frisou o gestor, que durante a reunião apresentou a situação pernambucana para os deputados.
O presidente da Frente Parlamentar de Saúde, deputado federal Osmar Terra (Rio Grande do Sul), disse que é possível pautar o Legislativo para incluir novas emendas no orçamento para o ano que vem. “O orçamento para 2016 vai ser votado e nós queremos que nesse documento tenha uma rubrica específica para ajudar os municípios em estado de emergência“, pontuou Osmar.
Também participaram da reunião o vice-governador, Raul Henry; o secretário da Casa Civil, Antonio Figueira; os deputados federais Zeca Cavalcanti e Luiz Henrique. Além dos deputados estaduais Socorro Pimentel; Odacy Amorim; Clodoaldo Magalhães e Simone Santana. A microcefalia é uma condição neurológica rara em que a circunferência da cabeça da indivíduo é significativamente menor do que a de outros da mesma idade e sexo. Crianças com microcefalia podem ter problemas de desenvolvimento. (foto/divulgação)