O comunitário José Eldo Alves Pinheiro ainda não esconde a revolta e indignação pela morte de sua mãe, ocorrida na última terça-feira (12). Maria do Socorro Alves Pinheiro, de 58 anos, passou mal em sua residência, no Bairro José e Maria, zona norte da cidade, devido a problemas cardíacos, mas não recebeu o socorro de onde deveria.

Segundo José Eldo, a equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu 192) – que foi acionada por ele – não foi até o bairro prestar atendimento à comunitária, que acabou vindo a óbito.

Ele contou que uma funcionária do Samu conversou por cerca de 20 minutos com ele, pedindo todas as informações sobre sua mãe. José Eldo disse ainda que a funcionária lhe informou que ia comunicar o caso ao médico responsável. Esse tempo, porém, foi fatal para Maria do Socorro. “O Samu não foi em casa, terminou minha mãe falecendo, e agora quero saber quem vai ser responsabilizado por essa situação”, desabafou José Eldo ao programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal, nesta terça-feira (19).

O comunitário lamenta que os cidadãos continuem sendo vítima da negligência e ineficácia da saúde pública em Petrolina. “Pagamos nossos impostos e na hora que precisamos, que é um direito nosso, acontece isso. Tenho um irmão doente e quem cuidava dele era minha mãe. E agora, como vai ser? Vou atrás dos meus direitos, não por causa da minha mãe, porque ela não voltará, mas para evitar que aconteça a mesma coisa com outros cidadãos”, revolta-se José Eldo. A assessoria da Secretaria de Saúde de Petrolina foi informada sobre o fato e adiantou que vai apurar os detalhes para esclarecer o assunto.