Família de Eduardo e governador Paulo Câmara contestam relatório final do Cenipa sobre acidente

por Carlos Britto // 20 de janeiro de 2016 às 07:20

Eduardo Blog1

A família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto num trágico acidente aéreo durante sua campanha a presidente da República no dia 13 de agosto de 2014, contestou o relatório apresentado ontem (19) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre as causas do acidente, que também matou quatro assessores de campanha e os dois pilotos do jatinho.

O posicionamento da família do ex-governador, por meio de nota enviada à imprensa e assinada pelo advogado José Henrique Wanderley, é de cautela. Confiram:

A família do ex-Governador Eduardo Campos, a propósito da divulgação do Relatório Final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), sobre as causas do acidente aéreo que o vitimou em agosto de 2014, juntamente com seus companheiros, presta os seguintes esclarecimentos:

Hoje (ontem) foi concluída uma parte das investigações, a que ficou a critério do Cenipa. Ainda estão em curso as investigações a cargo da Procuradoria da República/Polícia Federal. E, dessa forma, a família aguardará sua conclusão. A família sente necessidade de uma aprofundada análise do relatório do Cenipa, divulgado hoje. Mas, de pronto, lamenta que não tenha sido feito o teste com o simulador de voo.

Brasília, 19 de janeiro de 2016.

Paulo Câmara

O atual governador do estado, Paulo Câmara, seguiu na mesma linha da família de Eduardo, ressaltando que não tirará conclusões apenas do que foi apresentado pelo Cenipa. Também por meio de nota, Câmara justificou não ter participado da reunião convocada pelo Cenipa, na qual estiveram presentes os familiares das vítimas do acidente, mas disse concordar com as ponderações feitas pela família do ex-governador.

“Vamos aguardar as investigações realizadas pela Procuradoria da República e pela Polícia Federal, que ainda não foram concluídas. Só tendo acesso a todos os detalhes da investigação é possível emitir uma opinião mais aprofundada“, afirmou.

De acordo com o Cenipa, um conjunto de fatores levou à tragédia, entre eles o cansaço do piloto, Marcos Martins, o mau tempo e o fato da tripulação não ter a devida experiência com o jatinho Cessna 560, em que vinham Eduardo e assessores.

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