Equipes sanitárias de Pernambuco estão à procura de bebês com suspeita de microcefalia que nunca chegaram a hospitais de referência, onde deveriam confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. Em boa parte, são mulheres de baixa escolaridade, pouca renda e moradoras de regiões menos desenvolvidas, que saem da maternidade para casa e não fazem mais nenhuma consulta médica. O governo estadual admite fazer busca ativa para encontrar essas mães, mas diz não existir uma estimativa oficial de quantas são.
O balanço mais recente aponta que há 1.159 casos sob investigação de bebês nascidos com perímetro cefálico menor do que o considerado normal em Pernambuco. O dado inclui tanto crianças que nunca receberam auxílio médico quanto as que foram encaminhadas para unidades de saúde e aguardam resultados de exames para confirmar a microcefalia.
Para especialistas que atuam na força-tarefa do Estado, entretanto, ao menos metade desses recém-nascidos não passou por procedimento médico depois que saiu da maternidade.
O número de casos confirmados em Pernambuco saltou de nove, em média, por ano, para 153 em seis meses. No início, as suspeitas eram encaminhadas para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, que acompanha ao menos 300 bebês. Também há atendimento em Caruaru e Garanhuns, no agreste, Serra Talhada e Petrolina, no sertão, e em outras duas unidades na capital. (fonte: JC Online/foto reprodução arquivo)