A celeuma da primeira sessão plenária do ano na Casa Plínio Amorim rendeu um pedido de desculpas por parte do presidente da Mesa Diretora, Osório Siqueira (PSB), o qual disse que tinha “vereador Big Brother” no Legislativo. O comentário de Osório referiu-se ao polêmico reajuste – ou subsídio, como ele prefere chamar – dos vereadores para a próxima legislatura, a partir de 2017, e foi endereçado a Cristina Costa (PT), que disse “ter faltado transparência” na votação do Projeto de Resolução aprovado em dezembro passado.

Outro integrante da bancada petista na Casa, Geraldo da Acerola disse que, a exemplo da justificativa de Cristina, também não tinha tomado conhecimento do projeto. Nem ele e nem alguns colegas. E lamentou a expressão utilizada por Osório para tachar seus pares.

Na sessão da última quinta (4), o presidente da Mesa tentou minimizar os ruídos causados pela sua declaração, mas não deixou de contra-atacar. Osório frisou que o comentário foi somente para Cristina, que estaria, segundo ele, “jogando para a plateia”. Ele informou ainda que não pretende desdobrar esse assunto, mas espera que a vereadora também faça o mesmo. Apesar de se retratar, no entanto, Osório sugeriu que tamanha indignação dos dois petistas na Casa só poderia ter sentido pelo fato de quererem “desgastar sua imagem” perante a população. Em relação ao subsídio, cada vereador eleito ou reeleito a partir de 2017 vai receber R$ 15 mil de salário bruto, ante os R$ 12 mil atuais.