Transposição também tem caráter ambiental

por Carlos Britto // 06 de dezembro de 2009 às 13:01

rio-5O projeto de transposição de águas do Rio São Francisco vai garantir a implantação de saneamento básico em 32 cidades que despejavam os seus esgotos em afluentes ou no próprio Velho Chico. A iniciativa vai beneficiar cidades que estão próximas às bacias dos Rios Brígida, Pajeú e Moxotó, no Sertão do Estado e demandar um investimento de R$ 230 milhões bancados pelo Ministério da Integração Nacional.

“O componente mais poluidor do Rio São Francisco é o esgoto doméstico destas cidades que não estão nas margens do rio, mas que são derramados nos seus afluentes”, diz o secretário estadual de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida, acrescentando que somente o Rio Pajeú recebe esgoto de umas 15 cidades, incluindo Serra Talhada e Afogados da Ingazeira.

Bosco argumenta também que a União se comprometeu a fazer as obras de saneamento como uma espécie de compensação ambiental do projeto de transposição, que também está em obras. Em Pernambuco, as obras de saneamento serão executadas pela Companhia do Desenvolvimento dos Vales dos dos rios São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Este ano, as obras de esgotamento sanitário dessas cidades deverão receber R$ 128 milhões. “Algumas estão em fase de projeto, outras já estão em obras”, afirma Bosco que considera a cobertura de 100% de esgoto dessas cidades uma das melhores formas de revitalizar o Velho Chico. O excesso de carga orgânica (esgoto) faz o rio morrer.

Ele cita como exemplo a cidade de Dormentes, onde as obras já foram concluídas, a de Trindade e Cedro que estão em obras e a de Arcoverde e Ouricuri. Nas duas últimas, estão sendo feitos os projetos.

Além das cidades já citadas, vão receber obras de saneamento: Afrânio, Belém de São Francisco, Bodocó, Buíque, Cabrobó, Calumbi, Exu, Floresta, Granito, Ibimirim, Iguaraci, Ipubi, Itacuruba, Mirandiba, Moreilândia, Orocó, Parnamirim, Petrolina, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Filomena, Santa Maria da Boa Vista, Santa Terezinha, São José do Egito, Sertânia e Tabira.

As informações são do Jornal do Commercio

Transposição também tem caráter ambiental

  1. Adalberto disse:

    Fico maravilhado com a verborragia dos nossos políticos no afã de justificar toda e quaisquer atitudes nefastas do nosso governo federal.
    Mais maravilhado fico, ao perceber que uma obrigação do governo, nos é posta como um ato de bondade e desprendimento dos nossos governantes.
    Não senhores. Saneamento é o mínimo esperado de qualquer governo que diga primar pelo social. Levar água a qualquer lugar do país, será tão importante quanto garantir condições mínimas de higiene e saúde a população. Saneamento não é um presente dos governos. É sua obrigação. Não sejamos gratos por receber o que é nosso por direito. Quem está pagando esse saneamento, sou eu, que pago em dia cada um dos impostos, taxas, tarifas públicas.
    Quanto a transposição… Creio nem ser mais necessário comentar o um sem número de erros crassos na concepção técnica, assim como na concepção ideológica do referido projeto, que abastecerá uma meia dúzia de fazendas de “grandes homens” da nossa nação.
    Abre os olhos Brasil. Enxerga Nordeste.

  2. Fernando disse:

    Faz-me rir…

  3. Adalberto disse:

    Então Fernando, pode rir… Se puder…
    Aliás, ria, se for capaz de entender…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários