Com o objetivo de fortalecer a rede de enfrentamento à microcefalia em Pernambuco, uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/Imip) participou, nesta quarta-feira (15), de uma reunião da Comissão Intergestora Regional da 9ª Gerência Regional de Saúde (CIR/9ªGeres), com sede em Ouricuri, no Sertão do Araripe. A enfermeira-gerente do ambulatório, Ana Carolina Freire, e a coordenadora de Enfermagem, Grazziela Franklin, tiveram como missão apresentar aos 11 secretários municipais de saúde que compõem a regional o fluxograma para atendimento de reabilitação e estimulação precoce das crianças com diagnóstico confirmado de microcefalia.
Além de esclarecer o fluxo interno desses pacientes e a porta de entrada na unidade – que deverá acontecer via fisioterapia ou através das especialidades médicas de otorrinolaringologia e oftalmologia –, as profissionais da UPAE/Imip firmaram uma parceria com os municípios presentes no sentido de fomentar a capacitação dos profissionais médicos e não médicos através da troca de experiências. “Estaremos de portas abertas para aqueles que quiserem nos visitar e conhecer o nosso trabalho, pois é importante que os municípios com casos diagnosticados de microcefalia possam oferecer o maior número de serviços na sua sede, assegurando assim a continuidade da reabilitação. Nós sabemos das dificuldades que as famílias enfrentam para poderem se deslocar a outro município. Então, essa contra referência é essencial”, explicou Grazziela.
A equipe já saiu com a primeira visita agendada. Na próxima semana deverá receber os profissionais do Hospital Regional de Ouricuri. “Estamos montando um ambulatório para atender as crianças com microcefelia e será interessante que os nossos profissionais conheçam todo o processo de adaptação que a UPAE/Imip está fazendo para atender essa nova demanda, bem como os materiais adquiridos que ajudarão na ambientação e estimulação. Com certeza, será uma troca enriquecedora”, acredita o diretor do hospital, Phelip César.
Atendimento
Sobre o atendimento, Ana Carolina disse que “quanto menos desgaste a criança sofrer, melhor. Iremos trabalhar no sentido de formar cuidadores e apoiar psicologicamente as famílias, pois a reabilitação e a estimulação devem continuar em casa. Para que possamos otimizar o tratamento é importante que os municípios enviem os pacientes munidos dos encaminhamentos médicos, com o máximo de informações acerca do caso, para que dessa maneira possamos planejar o acompanhamento adequado, no intuito de obter os melhores resultados”. (fonte/foto: Ascom UPAE)