Grupos continuam fazendo campanha na internet para andamento das investigações do Caso Beatriz voltar a ser tema de reportagem do ‘Fantástico’

por Carlos Britto // 02 de setembro de 2016 às 14:02

Beatriz Angélica MotaO caso da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, que foi brutalmente assassinada no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, caminha para o nono mês sem desfecho. Diante da situação, vários grupos no Facebook continuam realizando uma campanha para que o andamento das investigações seja tema de nova reportagem do programa Fantástico, da TV Globo. O jornalístico da emissora carioca produziu uma reportagem sobre o caso no mês de fevereiro, mas de lá pra cá pouca coisa mudou.

A última informação sobre as investigações do crime foi divulgada há cerca de quinze dias, quando o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia, que firmou colaboração técnica com a Polícia Científica de Pernambuco, enviou nota à imprensa afirmando que, após analisar as perícias já realizadas, constatou “que todas as opções, no campo da criminalística e medicina legal, foram esgotadas”. A gerente-geral da Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, disse que sua equipe está permanentemente em alerta para atender qualquer demanda sobre o caso.

No mês de julho último, o advogado do Colégio Auxiliadora, Clailson Ribeiro, confirmou que um dos peritos criminais mais conhecidos do País, George Sanguinetti, aceitou o convite da unidade de ensino de Petrolina para colaborar nas investigações. Dois meses se passaram e outras informações não foram divulgadas pelo representante oficial do colégio. Vale frisar que, no último mês de julho, seis promotores de Justiça foram designados para acompanhar o caso. No entanto, nenhum deles voltou a se pronunciar sobre o andamento das investigações.

O caso

Beatriz Angélica, de sete anos, foi morta com mais de 40 facadas. O fato aconteceu nas dependências do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Centro de Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015, durante uma festa de encerramento do ano letivo. O corpo da menina foi encontrado numa sala de material esportivo desativada. No entanto, o delegado Marceone Ferreira revelou, numa entrevista coletiva, que a Polícia Civil ainda não tem como comprovar cientificamente o local do crime. Mas, de acordo com o próprio Marceone, Beatriz foi assassinada em outro local e levada em seguida para o depósito onde seu corpo foi encontrado.

Até o momento apenas o retrato falado do possível assassino foi divulgado pela Polícia Civil. Mas o delegado já admitiu a possibilidade de refazer um novo retrato falado, devido a depoimentos de novas testemunhas. O caso está sob sigilo policial e nada mais será divulgado sobre as investigações até que o caso seja concluído, suspeitos sejam presos ou o assassino encontrado.

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