Artigo do leitor: “Os desafios da igualdade de gênero”

por Carlos Britto // 06 de setembro de 2016 às 20:30

violencia-contra-mulheres-PARAGOMINAS-PAEm meio a uma onda absurda de violência contra a mulher, como a que vitimou duas jovens em Petrolina, no dia de ontem (5), as professoras Deise Nascimento e Cláudia Lourenço lançam um olhar pertinente sobre os imensos desafios que o sexo feminino ainda precisa enfrentar para conquistar a igualdade de gênero.

Confiram:

Igualdade???

Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres é um dos objetivos de desenvolvimento do milênio. Como falar de igualdade em uma sociedade tão desigual? É, então, o conhecido desenvolvimento desigual e combinado?

Diante da perplexidade de tanta violência contra a mulher, onde os corpos são usados e descartados como restos, não há o que dizer, não se tem resposta. Fecharemos nossos olhos e calaremos nossa boca numa sociedade cheia de preconceitos, onde ser diferente não é ser normal? O que é ser normal? Não quero ser normal! Não gosto de ser normal!

Não quero esse desenvolvimento social! Não pode ser, apenas, mais um Feminicídio para engrossar as estatísticas de violência contra a mulher. As mulheres são, frequentemente, alvo de diversos tipos de violência, tal como o assédio verbal, a morte, numa sociedade preconceituosa. Há um padrão de vida a seguir.

Muitos crimes contra a mulher são justificados por questões culturais, religiosas, dentre outras. Mas, não passam do resultado das disparidades de força nas relações de poder entre homens e mulheres, (re) criado na sociedade machista em que estamos inseridos.

Somos condenadas, sem ao menos sermos julgadas, por algo que não fizemos! Não precisamos fazer nada para sermos violentadas. Na verdade, basta existirmos!

Diante das muitas notícias sobre crimes contra as mulheres, lanço um olhar sobre o passado, lembro das décadas de 60 e 70, quando as mulheres lançaram seus gritos de independência, quando encurtaram suas saias, quando puderam, enfim, demonstrar sua insatisfação com seus casamentos, muitas vezes arranjados entre suas famílias, quando puderam fazer valer suas vontades. Lá se vão 40, 50 anos. Então, nos dias de hoje, nos deparamos com uma sociedade que parece não ter percebido que as coisas mudaram.

A violência está presente em todos os minutos do dia, aquela em forma de zombaria com o cabelo crespo, cacheado, com o corpo fora dos padrões de magreza, com o aparelho celular que não é de última geração, com a cor da pele, com a opção sexual, com isso ou com aquilo. O tempo inteiro somos violentadas por nossas opções, somos zombadas, somos vítimas de preconceitos por nossas escolhas. A violência física é a expressão mais chocante dessas zombarias cotidianas. É a que choca! Mas, que também é esquecida!

Não se trata de ser feminista ou não, de fazer parte de movimentos de gênero ou não, trata-se de ser quem somos e sermos respeitadas por isso. Trata-se de ser respeitada por sermos seres vivos!!!! Pregamos o respeito à natureza e somos incapazes de respeitar a nossa natureza, a natureza humana, que é mutante e livre!!!!!

Que não percamos a capacidade de indignação, que não percamos a capacidade de sermos livres! Que não percamos a capacidade de sermos mulheres plenas! E nos respeitem por isso!!!!!

Deise Nascimento e Cláudia Lourenço/Professoras

Artigo do leitor: “Os desafios da igualdade de gênero”

  1. Filósofo disse:

    Esse papo de “questão de gênero”, “empoderamento”, “machismo”, não passam de bandeiras ideológicas, usadas principalmente pela esquerda. Existem sim homens, minoria, que são criminosos que agridem mulheres, e outos que as matam, e estes tem que sé ver com a lei. Tem que ser tratado com a justiça. Estupro é um ato abominável,; assim como são o homicídio, o latrocínio e outros crimes hediondos. O resto é puro mimimi!

  2. Amaral disse:

    Quanta bobagem pra se escrever num momento tão triste . Deus ilumine as cabeças dessas senhoras professoras

  3. Carlos disse:

    Por favor, respeitem a memória das moças.
    Não se aproveitem de tal tragédia para vomitar asneiras feministas, que nem de longe representam as mulheres brasileiras, na sua maioria conservadora e cristã, não se aproveitem da comoção do caso para estimular a luta entre os sexos e criminalizar os homens, com a já cansativa e patética mania de vocês, militantes da estrema e decadente esquerda disfarçadas de professoras.
    Respeitem as famílias, guardem suas bandeiras podres, seus mantras ultrapassados, sua luta de classes putrefata, deixem os familiares e os que verdadeiramente estão tristes nesse momento meditar na dor, e na solução intelectualmente honesta para o problema da violência, calem-se, respeitem nossa dor, guardem seu bla-blá-blá feminista para quem ainda acredita nesse conto de fadas macabro, ok? Obrigado.

  4. Costa disse:

    Basta que nos respeitemos como seres humanos, o resto da conversa e fisiologismo.

  5. Jair Gomes disse:

    Não é questão de desigualdade de gênero, não estamos falando de uma sociedade machista ou de violência específica contra a mulher, não que esta seja menos repudiável, estamos falando de uma violência generalizada que aterroriza nossa sociedade. Tal violência se enraíza na incapacidade, corrupção e falta de politicas publicas voltadas para a segurança e também na degeneração de valores que ocorre em nossa sociedade. O que aconteceu com as duas jovens nada tem a ver com desigualdade de gênero ou preconceito, é um ato, cada vez menos isolado, de criminosos covardes, que devem ser punidos com o rigor das leis, que diga-se de passagem já não atendem mais a realidade atual. A violência é algo intrínseco ao ser humano, acabar totalmente com ela é algo utópico, porém, que deve ser buscado, não podemos nos calar, nos acostumar com isso, temos que exigir respostas dos órgãos competentes e mais, fazer com que esses órgãos garantam uma segurança publica que atenda a sociedade e evite que novos casos como esses não se repitam, como? colocando esses criminosos na cadeia e deixando-os lá. O judiciário tem que ser forte deixando esses maniacos presos o máximo de tempo que nossa fraca lei permite, e não presenteando-os com progressões d epena e indutos diversos, como é de costume.

  6. Maria do Socorro - a legítima disse:

    Muito bons os comentários. O sucesso de um Blog se mede pelo número de comentários sensatos.

  7. D Carvalho disse:

    “Igualdade de gêneros”?
    O que a pseudo-professoras sugerem? Que se matem tantas mulheres quanto homens, visto que são em número médio de 176 a quantidade de tais crimes masculinos? Quando eu digo que feminismo é desarranjo psicossomático…
    Que tal votarem ao mundo real, “professoras”? Pois tenho medo de vocês cairem na sala de aula de meu filho…

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