Em dificuldades, Centro de Oncologia da Apami corre risco de fechar

por Carlos Britto // 08 de setembro de 2016 às 17:35

Ceonco 2Não é de agora que o diretor-presidente da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), Augusto de Souza Coelho, vinha alertando sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Centro de Oncologia (Ceonco) Dr.Muccini para atender os pacientes com câncer na região. Mas o risco de a unidade fechar as portas já não é mais apenas uma hipótese perigosa. Já é quase uma realidade. Como é voltado ao atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Ceonco está há dois anos vendo o pagamento por teto, realizado pelo SUS, congelado.

O pior, segundo Dr.Augusto (como é mais conhecido), é que além do pagamento dos serviços estar congelado, também tem um déficit crescente – o que vem agravando as finanças da unidade e inviabilizando o tratamento dos pacientes. A direção do Ceonco informa que no último mês de agosto realizou 1.500 quimioterapias, com 87 pacientes novos. A ajuda que a Apami recebe vem de parceiros como o Movimento de Combate ao Câncer (MCC), que promove anualmente o tradicional ‘Forró do Beco’, cuja renda é revertida à unidade. Além disso há também doações dos petrolinenses através de telemarketing e de vendas do Vale da Sorte.

Dr.Augusto aguarda a boa vontade do governador Paulo Câmara para tentar minimizar a situação. Até porque a Apami decidiu construir o Hospital Dom Tomás, cujas obras estão em andamento no Bairro Gercino Coelho, zona leste da cidade. Quando entrar em funcionamento, deverá beneficiar pacientes de mais de 60 municípios entre os Estados de Pernambuco, Bahia e Piauí, que não vão mais precisar buscar as capitais para se tratarem da doença. Mas sem dinheiro, fica difícil.

O diretor-presidente também aguarda a liberação de emendas orçamentárias do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e dos deputados Adalberto Cavalcanti (PTB) e Gonzaga Patriota (PSB) para a conclusão do hospital, que terá uma área construída de 11.280 metros quadrados, com previsão de término em cinco anos. Mais do que nunca, a força política de Petrolina, independente de cores partidárias, será determinante para esse belo trabalho social não ficar pelo caminho.

Em dificuldades, Centro de Oncologia da Apami corre risco de fechar

  1. Filósofo disse:

    Se for esperar por alguma coisa do Estado de Pernambuco é melhor esperar sentado, se não cansa!!!!

  2. LAURA disse:

    Vamos fazer doações, uma entidade dessa é mister na manutenção da saúde de milhares de pessoas.

  3. cristina disse:

    Cansa mais é vergonhoso ter força política dentro da nossa cidade, e saber que eles estão pouco se lixando para á saúde, e quando é dia 02 de outubro querem se dá bem, como desprezando os eleitor.

  4. Marcio disse:

    Infelizmente obras importantíssimas como da APAMI, quando passam a depender de política começa a patinar. Não sendo a população a arregaçar as mangas, fico meio descrente de políticos.

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