Na tentativa de coibir os casos de furto de água durante o verão, período em que a temperatura costuma ficar bastante elevada, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) planejou ações de fiscalização no Sistema Adutor do Salgueiro, no Sertão Central. O trabalho se deu no trecho compreendido entre Cabrobó, Sertão do São Francisco, e a Estação Elevatória III, situada na Serra de Monte Santo, zona rural do município. A operação, que começou na última terça (18), encerrou-se nesta sexta-feira (21), contando com o apoio da Polícia Militar (PM). Foram percorridos oito quilômetros do trecho, cujo sistema possui um total de 26 quilômetros.
Durante os quatro dias, as equipes de manutenção da Compesa e da PM identificaram 17 ligações clandestinas, todas em Cabrobó, e recolheram mais de 1,2 mil metros de tubulações e mangueiras utilizadas para furto de água, que seria destinada ao enchimento de barreiros e irrigação de plantações de macaxeira e capim. Só em uma única propriedade foram retirados e apreendidos quase mil metros de canos de 32 milímetros de diâmetro. Nessa operação não foi registrado nenhum flagrante.
“Os infratores perfuram a adutora de aço e instalam tubulações, que são enterradas. O uso da água é feito geralmente a partir de mil metros de distância do local por onde passa a adutora da Compesa, distante do nosso campo visual, o que dificulta a identificação dos furtos. Precisamos percorrer uma grande área, entrando nas propriedades, para achar as ligações clandestinas“, explica Januário Nunes de Carvalho, gerente da GNR Sertão Central. Ele acrescentou que essas ações fiscalizatórias vêm acontecendo no Sistema Adutor de Salgueiro desde 2012.
De acordo com o gerente da Compesa, a presença da PM com as equipes de fiscalização gera um efeito positivo que inibe a ocorrência de novos furtos e levam aos próprios infratores a desligar as ligações clandestinas. Antes da ação, a cidade de Salgueiro estava recebendo uma vazão média de 125 litros/segundo (l/s), o que prejudicou o abastecimento da cidade, bem como o cumprimento do calendário de abastecimento para todos os setores – que é de até dois dias com água por cinco dias sem. Após a fiscalização, a vazão aumentou de forma significativa, passando para 150 l/s. As informações são da assessoria da Compesa. (foto/divulgação)