As negociações entre os comandos da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e dos Bombeiros com as associações das categorias tiveram um passo rumo a um acordo ontem (21), após reunião no Salão Nobre do Quartel do Derby, no Recife. No encontro, comandantes e representantes das tropas começaram a definir números comuns a serem apresentados ao governo do estado nas negociações que começam no dia 4 de janeiro.
Ontem o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia e o comandante geral da PMPE, coronel Carlos D’Alburquerque, ressaltaram que a negociação deverá respeitar os pilares da hierarquia e disciplina. Gioia lembrou que no seu segundo dia de trabalho, quando assumiu a pasta, em outubro, recebeu associações e lideranças sindicais. “Algumas não compareceram à reunião, apostando no caos. Mas eu não negocio no caos. A negociação tem que passar pelos comandos da PM e do Corpo de Bombeiros. Precisamos construir uma proposta exequível, viável e com responsabilidade, sem protagonismos. A relação é de respeito e estou reproduzindo a fala do nosso governador”, disse.
O comandante da PM fez questão de dizer que o canal de diálogo estava aberto. “Os comandos da PM e dos Bombeiros estão sendo interlocutores desse processo. Temos que verificar a nossa necessidade, fazer uma análise e comparar até onde o estado pode apoiar, porque não adianta viabilizar uma proposta salarial pela qual o governo não possa honrar com os compromissos. Não queremos que aconteça aqui a concretização do salário sem garantia de recebimento, como ocorreu em outros estados”, justificou.
Ainda ontem os diretores da Associação de Cabos e Soldados (ACS) receberam comunicado informando que teriam que se apresentar à diretoria de Gestão de Pessoas da corporação para retornar às funções de origem. D’Albuquerque afirmou que o retorno não foi retaliação. “Eles estão voltando ao serviço operacional por causa da necessidade. Estavam à disposição exclusivamente da associação”, comentou. O presidente da ACS, Albérisson Carlos da Silva, e o seu vice, Nadelson Leite, estão lotados no Batalhão de Radiopatrulha. (fonte: Diário de PE/foto arquivo/reprodução)