Um promotor de Justiça da cidade de Remanso (norte da Bahia), Rafael Rocha, é acusado de adentrar o Hospital Pró-Matre, em Juazeiro, sacar uma arma e exigir o prontuário de um paciente internado na unidade. De acordo com a coordenadora de Enfermagem do hospital, Cristine Coelho, o caso aconteceu pouco antes das 17h da tarde de quinta-feira (5).
Acompanhado de outros dois rapazes, que também se identificaram como funcionários da promotoria, Rocha se encaminhou ao setor de Cristina, onde exigiu que ela lhe entregasse o documento médico. Como a divulgação de prontuários sem autorização da família ou ordem judicial é proibida por lei, a coordenadora se negou a lhe entregar o prontuário. Ele, então, sacou uma arma e ameaçou prendê-la. “Ele primeiro queria saber algumas coisas sobre a transferência de pacientes, eu informei, então ele tirou um relatório e pediu informações sobre um determinado paciente. Eu fui buscar as informações, voltei, falei que o paciente não tinha solicitação de transferência. Ele exigiu o prontuário e disse que eu seria presa se não entregasse”, relata a coordenadora, em entrevista ao Bahia Notícias.
Cristine conta que toda a situação durou cerca de uma hora e meia com Rocha exaltado, aos gritos e xingando-a. Os dois rapazes que o acompanhavam não se envolveram na discussão, mas um deles saiu para chamar a polícia a mando do promotor. “Eu fiquei na minha porque sabia que estava fazendo o certo, mas ele me pegou pelo braço, ficou agitando, apontando a arma para mim”, ressalta a chefe do setor, que já trabalha na unidade há seis anos.
Com o braço roxo devido aos fortes apertos que recebeu, Cristine já realizou exame de corpo de delito e vai prestar queixa na Delegacia da Mulher. Ela conta ainda que quando a polícia chegou ao local para escoltá-la, a agressão já havia ocorrido e eles nada fizeram a respeito.
Direção do hospital
Os diretores do hospital também foram chamados a fim de apartar a confusão e, após mais discussões com o promotor, o hospital liberou um relatório de evolução pessoal do paciente, o que fez com que Rocha deixasse o prédio. “Eu quero realmente saber que postura vai tomar o Ministério Público em relação a isso”, ressalta Vitor Borges, diretor médico da unidade, acrescentando que o advogado do Pró-Matre vai entrar com uma representação contra o promotor. “Ele passou por cima de tudo que há em termos de lei e civilidade. A condução dele conosco e, sobretudo com a coordenadora de Enfermagem, foi inadmissível”, completa. O Bahia Notícias tentou entrar em contato com o Ministério Público de Juazeiro, mas, por conta do recesso nas atividades, não obteve resposta. (foto 2/arquivo pessoal)
Se ele fez isso mesmo, ele foi ridículo, merece divulgação nacional.
É se ele fez isso, investiguem o motivo, muitos pacientes estão morrendo nesses hospitais que parecem mais uns matadouros vou citar alguns: regional, trauma,upas,etc… só atendem bem quando o paciente tem algum conhecido dentro do hospital, quando NÃO tem, morre a míngua. Essa é a realidade da saúde no nosso país BRASIL…..
E porque ele foi através só de um paciente e não dos demais? Pela reportagem ele em momento algum teve interesse no bem está do paciente. Abuso de poder! Merece punição.
Xará, Como um representante do Ministério Público ele jamais deveria ter atitude desse tipo, ele tem como conseguir se impor sem uso da violência. Mostrou-se que é incapaz de estar nessa função.
. Qualquer um que ja tenha ido a alguma audiência com esse promotor, ja testemunhou a forma como ele atua. A primeira coisa que ele faz ao chegar na sala é sacar uma pistola e colocar em cima da mesa.
Atitudes como desse rapaz é que reforçam pedidos de criação de instrumentos para penalizar autoridades, principalmente juízes e membros do MP.