O potencial do aproveitamento da água de chuva no semiárido e em diferentes partes do mundo, bem como a qualidade dessa fonte de abastecimento, foram assuntos debatidos no auditório da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), na manhã desta quarta feira, dia 22 de março, data em que se celebra o Dia Mundial da Água. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas(ONU) em 1992.
O evento ‘Em Defesa da Água da Chuva’ foi promovido pelo Irpaa juntamente com a Associação Internacional de Captação e Manejo de Água de Chuva (ABCMAC) e contou com a participação de professores, estudantes e agricultores e agricultoras interessados em conhecer um pouco mais sobre o tema que vem sendo muito debatido no Brasil e diversos países, especialmente diante das crises de abastecimento que vêm preocupando autoridades populações em todo o mundo.
‘Desbloquear o Potencial da Água da Chuva’, apresentado pelo colaborador do Irpaa, João Gandlinger, foi o primeiro painel do seminário que mostrou diferentes experiências de captação e aproveitamento da água de chuva no mundo, tanto em áreas rurais como urbanas. João destacou um projeto do governo da China que há anos, irriga mais de 200 mil hectares com água de chuva armazenada em cisternas.
O professor Silvio Roberto da Universidade Estadual de Feira de Santana (UESF) e membro da ABCMAC, apresentou o ema ‘A Água de Chuva é Boa e Confiável’, com base em parâmetros e pesquisas que colocam essa fonte de água como de excelente qualidade para o consumo humano e outro fins, carecendo em alguns casos, de cuidados e tratamentos simples a depender do seu local de captação e armazenamento.
“A começar pela sua fonte, a água da chuva é totalmente purificada, inclusive com poucos sais minerais”, expôs o professor que também falou da importância da educação e da mudança de certos hábitos que podem ajudar a melhorar o consumo da água de chuva, destacando as experiencia das cisternas caseiras.
Ao responder questionamentos da plenária, os palestrantes apontaram para importância das organizações sociedade civil, dos poderes públicos e outros atores sociais, em debater e encontrar respostas para as crises de abastecimento e gestão da água a partir dos conhecimentos e experiências práticas oferecidas pelos sistemas de captação, manejo e uso da água de chuva. (Foto: Ascom)