A população de Petrolina ainda se refaz do choque causado pelo crime brutal que teve como vítima a sindicalista Abenigna Lúcia do Bonfim, de 67 anos. O corpo dela foi encontrado por volta das 12h45 de ontem (5), em sua própria residência na Cohab V, zona oeste da cidade.
Policiais militares do 5ºBPM foram acionados por um sobrinho da vítima, que informou ao serviço 190 da polícia que o imóvel onde Abenigna morava sozinha estava fechado e, do local, exalava um forte mau cheiro.
Ao chegarem à residência, os policiais tiveram de arrombar a porta e se depararam com o corpo da sindicalista, que estava com os pés amarrados com um pedaço de pano e uma sacola plástica cobrindo seu rosto. Abenigna era ex-funcionária da fábrica da Coca Cola em Petrolina e integrava o Sindicato das Indústria de Bebidas de Pernambuco (Sindbebi) na cidade. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil deve começar a investigar o caso.
Em nota à imprensa, o diretório municipal do PT e a vereadora Cristina Costa manifestaram seu pesar pelo assassinato de Abenigna. O corpo da sindicalista seguiu ainda na noite de ontem para o Sítio da Umburana, Distrito de Rajada, na zona rural, onde seria sepultado na madrugada desta quinta (6). Ela deixa um filho e dois netos.
Absurdo, inadmissível uma brutalidade destas.
Difícil acreditar que sua morte se deva a atuação dela de sindicalista contra a empresa solar, que acabou de fechar a unidade de produção em Petrolina.