O ataque de hackers que atingiu o Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, na última terça-feira (27), também afetou todas as unidades da instituição em outros Estados, entre elas o Instituto Ivete Sangalo localizado na cidade de Juazeiro (BA). Apesar do cyberataque ter comprometido o atendimento de pacientes em São Paulo, na Bahia o serviço continuava na quarta-feira (28). Contudo, os pacientes são atendidos de forma mais lenta, já que com os computadores inutilizados, os funcionários precisam fazer cadastro manual.
Além do problema no sistema dos computadores, alguns aparelhos médicos também correram o risco de serem inutilizados, como o mamógrafo. O aparelho que fica conectado com o sistema de rede do Hospital de Barretos não estava com sistema integrado no momento do ataque e, por isso, não foi afetado. Já o aparelho de ultrassom é conectado a outro sistema e também não foi atingido pelos hakers.
O principal problema no Instituto Ivete Sangalo é semelhante ao que ocorre nas outras unidades. Quando os funcionários tentam acessar o banco de dados da unidade de saúde, aparece uma mensagem com pedido de resgate de 300 dólares em bitcoins – dinheiro digital usado para compra de produtos -, para liberar o sistema em cada computador. O hospital informou que, apesar do bloqueio dos sistemas, os dados dos pacientes não foram afetados e continuam guardados no sistema.
Ataque mundial
Sites do governo e de várias empresas ucranianas foram alvo na terça-feira do ataque cibernético, que atingiu aeroportos, bancos e escritórios do governo. Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia o classificou como o pior na história do país. O conselheiro ucraniano Anton Gerashchenko disse que as interrupções foram causadas pelo Cryptolocker, um vírus de resgate como o WannaCry, que bloqueou mais de 200 mil computadores em mais de 150 países em maio. Segundo a empresa de cibersegurança Symantec, o outro vírus responsável pelo ataque de terça-feira é o Petya. (fonte: G1-BA)