Quase três meses após a morte brutal de um menino de dois anos de idade – cujo crime foi confessado pelo padrasto da criança, Patricx Catarino de Assis, e chocou a população de Petrolina –, familiares da vítima não conseguem disfarçar a angústia. O motivo diz respeito a uma sindicância aberta pelo 72°Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz) para acompanhar o fato, uma vez que o acusado era militar do Exército na cidade.
Segundo informações recebidas pelo Blog, a mãe do garoto já teria ido diversas vezes à sede do 72°BIMtz para obter um posicionamento da corporação acerca da sindicância, mas não logrou êxito em nenhuma de suas idas. O crime ocorreu em abril deste ano.
No próximo dia 21 de julho haverá uma audiência no Fórum Dr.Souza Filho, quando serão ouvidas as testemunhas que deram socorro à criança, além da mãe da vítima (a qual ainda se encontra bastante deprimida). Procurado pela reportagem, o Comando do Exército ressaltou que “todas as providências que competiam à instituição foram tomadas”.
De acordo com o 72°BIMtz, a sindicância foi instaurada sob a Portaria 51/Seção de Apoio Jurídico, no dia 24 de abril – dois dias após o crime. Após concluir essa tarefa, a instituição determinou por excluir o acusado dos quadros do Exército. O fato foi informado na semana passada à Vara-Crime de Petrolina. Como há um prazo burocrático de 30 dias no rito processual, tempo para o acusado tentar se defender, ele ficou desde a época do crime na carceragem do Exército. Mas com o resultado da sindicância, o pedido da instituição para transferir o acusado à Penitenciária Dr.Edvaldo Gomes foi deferido pelo Judiciário, o que pode acontecer a qualquer momento. O Exército reitera que todas as informações referentes ao caso foram repassadas ao Juizado, ao advogado e à família do menino.
Eita país da morosidade e tudo só anda no empurrão, até essa tal sindicância do Exército só saiu do papel e veio a público , após manifestações pela mídia e redes sociais.