Num passado nem tão remoto assim, os pais precisavam ir à escola dos filhos sempre que eram convocados pela direção. Mas a tecnologia dos tempos atuais, a exemplo de todas as áreas em que se faz presente, também está ajudando a aperfeiçoar essa relação.
Uma plataforma – a EduqMais – realizada em parceria com a Fundação Lemann e a Prefeitura de Petrolina pretende afinar a sintonia entre pais, alunos e escolas da rede municipal localizadas na sede e interior. A ideia é enviar aos pais, através de mensagens de texto via celular (SMS), informações essenciais da rotina de seus filhos na escola.
De acordo com Simone Oliveira, articuladora da plataforma, a iniciativa atuará em dois eixos principais. Uma delas é o envio de até duas mensagens por semana, com algumas dicas, conselhos ou sugestões de atividades corriqueiras que pais e filhos poderão fazer juntos. A outra é o engajamento da própria escola, que poderá passar informações tanto sobre a turma inteira, quanto especificamente a um só aluno.
Em Petrolina serão beneficiados ao todo 30 mil alunos dos Ensinos Fundamental I e II da rede municipal. No Sertão pernambucano, Araripina é a outra cidade onde o projeto-piloto também será colocado em prática.
Divulgação
Simone conta que está em Petrolina desde a semana passada, apresentando a plataforma aos pais e fazendo o cadastramento dos mesmos. A adesão ao programa é gratuita. Os pais necessitam apenas procurar a escola e informar seus nomes, o do filho, a turma e o número do celular. Todo esse processo, segundo ela, vai até o próximo dia 25/10, mas ainda nesta semana as escolas da rede deverão mobilizar os pais para que todos possam aderir à plataforma. “No final de outubro a gente começará o envio das mensagens”, frisa.
Ideb
A articuladora conta que os fatores positivos da plataforma, que já existe em grandes centros urbanos como Recife (PE), Fortaleza, Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), são extremamente animadores. O principal deles, nas 286 escolas que aderiram ao EduqMais, é o aumento de 0,4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Mas não só isso.
Simone também não escondeu a satisfação quanto ao impacto positivo da plataforma nos lugares onde foi implementada. “Uma das perguntas da nossa avaliação era se tinham gostado do programa, e tivemos uma média de 9,1, numa nota de zero a 10. Outra era se gostariam de continuar recebendo mensagens, e tivemos 83% das pessoas querendo manter o programa. Então a gente vê que tanto os pais quanto os filhos gostaram do resultado, inclusive aqueles filhos adolescentes, considerados mais rebeldes, que buscam sua independência”, finalizou.