Para se tornar uma das potencias mais importantes do mundo, o Brasil não pode se vangloriar apenas de uma economia forte. Tem de ir mais além e melhorar também o Índice de Desenvolvimento da Educação (IDE).

O relatório Educação Para Todos, divulgado na semana passada e publicado pelo jornal Estado de São Paulo, revela dois lados – distintos – de uma mesma moeda. Se o País é considerado, atualmente, a sexta potência do mundo, na educação só aparece em 88º lugar no IDE numa lista de 123 países.

Segundo o relatório, o Brasil obteve 0,883 (a nota varia de zero a 1, sendo 1 a mais alta), ficando atrás de países como Paraguai, Equador e Bolívia.

Dos quatro dados utilizados pela Unesco, o Brasil vai bem em três e tem resultados acima de 0,900 – o mínimo para ser considerado de alto desenvolvimento educacional. São bons os números de atendimento universal, analfabetismo e igualdade de acesso à escola entre meninos e meninas. Já quando se analisa o índice que calcula quantas crianças que entram na 1ª série do ensino fundamental concluem a 5ª série, o País cai para 0,756, um baixo IDE.

Mais do que isso, a situação piorou. No estudo anterior, com dados de 2005, o índice brasileiro ficou em 0,901. O recente relatório utiliza informações de 2007, ano em que há números comparáveis para os 128 países. Preocupante.

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