Neste artigo enviado ao Blog, a pneumologista pediátrica Dra. Nayara Lustosa fala sobre os cuidados com a asma, uma das doenças respiratórias mais comuns no mundo, sobretudo na infância.
Acompanhem:
A asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns no mundo (afetando de 1% a 18% da população mundial), sendo mais comum na infância. No Brasil a prevalência da asma é elevada, em torno de 10% da população geral (8º país em prevalência de asma), e responsável por um número bastante representativo de internações hospitalares.
Os sintomas caracterizam-se por dificuldade de respirar, chiado e/ou aperto no peito, respiração curta e rápida, podem ocorrer de forma contínua ou intermitente e tendendo a piorar durante a noite e ao amanhecer, ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição aos alérgenos, à poluição ambiental (ácaros, fumaças de cigarro, produtos químicos, etc.) e a mudanças climáticas.
Entre os aspectos ambientais, os mais frequentes são relacionados a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente). Para os fatores genéticos – característicos da própria pessoa – destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite, incluindo ainda a obesidade.
O diagnóstico da asma é principalmente clínico, obtido pela anamnese (entrevista do médico com o paciente). Sempre que possível, após os 5 ou 6 anos de idade, é recomendado realizar a prova de função pulmonar (Espirometria) para confirmar o diagnóstico e classificar a gravidade.
Os indicadores de gravidade são sintomas respiratórios recorrentes que causam limitações às atividades do dia a dia, perda de dias de trabalho ou escola, além de exacerbações que podem exigir atendimentos de urgência, inclusive com necessidade de internação e risco de vida. A gravidade muitas vezes está relacionada com a falta de controle no tratamento ou a ausência total de tratamento.
A asma pode ser tratada de forma eficaz e a maioria dos pacientes é capaz de atingir o controle da doença (que é o objetivo do tratamento), evitando assim os sintomas respiratórios que limitam suas atividades e de ter uma vida produtiva. Além disto, o tratamento adequado ajuda a preservar a função pulmonar e reduz o risco de exacerbações graves.
A causa mais comum para a falta de controle da doença é a não adesão ao tratamento, o que infelizmente é muito comum, pois se trata de um tratamento longo e que necessita de formas diferentes de uso das medicações, na grande maioria inalatórias. O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferta o tratamento, inclusive muitas medicações são disponibilizadas para pacientes de forma gratuita, necessitando apenas de cadastro nas farmácias credenciadas.
Dra. Nayara Lustosa/Cremepe-11665/Pneumologista pediátrica com especialização pelo Imip/ Atende pela Unimed no NAS (Núcleo de Assistência à Saúde) de Petrolina
Muito bom este artigo da Dra. Nayara. Muito esclarecedor. parabens Dra.