Nenhum município do Sertão pernambucano aparece na lista do Ministério da Saúde com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite (paralisia infantil), segundo dados divulgados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Em todo o país, 312 cidades têm baixa cobertura vacinal da doença. Apesar disso, o Ministério da Saúde fala em alerta, pois a doença infecto-contagiosa viral aguda já está erradicada no país desde 1990.
Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
Em Petrolina, de janeiro a maio de 2018 o percentual de vacinação é de 74,30%, segundo a 8ª Gerência Regional de Saúde (Geres). De acordo com o Ministério da Saúde, qualquer localidade do país precisa ter 95% da cobertura vacinal.
Uma oportunidade de atualizar caderneta será na próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que acontecerá no período de 6 a 31 de agosto de 2018.
A doença
A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa três dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.