Vista como um desafio para as grandes cidades do país, a mobilidade urbana suscita debates que ainda não conseguiram chegar a um consenso acerca de alternativas viáveis para melhorá-la. E, ao menos por enquanto, dificilmente chegarão. A constatação é do especialista Francisco Cunha.
Consultor e coautor do livro “Calçadas: O Primeiro Degrau da Cidadania”, Francisco é um dos palestrantes de um evento que acontece na manhã de hoje (25), no Nobile Hotel (antigo Quality), e abordará justamente esse assunto.
A grande questão, segundo ele, reside no fato de que historicamente o país privilegiou o transporte motorizado individual (carros e, mais recentemente, motos) em detrimento da mobilidade ativa (pedestres e ciclistas). Esta última, junto com o transporte público coletivo, faz parte da mobilidade sustentável.
“Todas as cidades brasileiras, sem exceção ou praticamente sem exceção, foram planejadas pelo e para o automóvel. Então, isso traz uma série de consequências danosas para o que se pode chamar de mobilidade sustentável”, avalia. Francisco diz haver “poucas cidades” que valorizam o pedestre.
Nesse contexto ele chama atenção para o assunto de sua especialidade. De acordo com Francisco, é muito difícil encontrar uma cidade brasileira com calçadas adequadas para caminhar, sombreadas e que tenham dimensões corretas. Para o especialista, se o pedestre não é priorizado, a cidadania também não é. “Caminhar em direção a uma mobilidade sustentável é caminhar em direção de uma mobilidade democrática”, pondera.
Ele destaca, ainda, dados de pesquisas apontado que um terço da população se locomove pelas cidades a pé. O outro terço usa o transporte público (ônibus, trens e metrôs). “Se a gente soma um terço da população que se locomove exclusivamente a pé, com outro que utiliza o transporte público, nós temos dois terços, a maioria absoluta, transitando diariamente sobre calçadas. Porque quem anda de transporte público caminha até chegar ao local do transporte, e do transporte público até chegar ao seu destino final”, informa Francisco, acrescentando que só esse detalhe já mereceria uma pauta propositiva dos governantes (sobretudo em anos eleitorais como 2018). Ele cita a cidade de São Paulo como um bom exemplo, a qual investiu recentemente em mais de 400 quilômetros de ciclovias.
Multa Cidadã
Enquanto estudioso, Francisco aponta os problemas, mas também faz sua parte enquanto cidadão. No Recife (PE), ele elaborou um programa para enquadrar motoristas que cometem irregularidades, como estacionar indevidamente em calçadas – prática também bastante comum em Petrolina.
Intitulado ‘Multa Cidadã’, o programa consiste em colar avisos nos para-brisas dos carros flagrados em estacionamento indevido. A multa não tem valor legal, mas lembra que o motorista está cometendo uma infração grave, prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), passível de multa. Quem quiser aderir ou continuar apoiando a iniciativa, pode acessar a fanpage da Campanha Multa Cidadã no Facebook (/multacidada) e imprimir a quantidade desejada.
Nada contra o camarada ai, mas não precisar ser especialista neste assunto para saber que estas calçadas são uma esculhambação,o grande problema do Brasil é que todas as autoridades tem medo de agir,os políticos por exemplo tem medo de perder votos,pois eles e seus apadrinhados sabem muito bem o que acontece na cidade, primeiro de tudo era proibir venda de qualquer coisa nas calçada aqui em Petrolina tá pior que bordel não tem ninguém com moral para resolver isto.
PETROLINA VIROU UMA PIADA, PRA QUE CHAMAR UM ESPECIALISTA EM CALÇADA, SE TODOS SABEM QUE OS CULPADOS SAO OS COMERCIANTES MEU DEUS PARECE QUE OS POLITICOS PENSAM QUE TODOS OS ELEITORES SAO LEIGOS
Só pode ser piada trazer especialista em calçada. O que falta em Petrolina é uma autoridade com pulso firme para coibir as ações irregulares de comerciantes, dono de imóveis, ambulantes e etc.