Das duas mil espécies de plantas encontradas na caatinga, 581 ocupam as margens dos canais por onde será desviada a água do Rio São Francisco, no Sertão.
O levantamento, realizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), é uma das exigências do Ibama para a execução da obra, do Ministério da Integração Nacional, e inclui os resgate de sementes, frutos e amostras das árvores, arbustos e ervas, entre outros tipos de vegetais.
O estudo, iniciado em julho de 2008, se estende por 350 quilômetros do eixo Norte, que liga Cabrobó (PE) a José da Penha (RN), e 210 do eixo Leste, que vai de Petrolândia (PE) a Monteiro (PB).
O levantamento é realizado nas duas margens dos canais, num raio de mais de 200 metros, correspondentes à área da vegetação a ser desmatada. As valas terão 50 metros de largura e 10 de profundidade.
Ao todo, foram identificadas 83 famílias botânicas. As amostras de plantas são incorporadas ao acervo do herbário da Univasf, um dos dois do Nordeste que possuem armários de correr, os mesmos usados nos do Royal Botanic Garden, da Inglaterra. O outro é o da Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia.