Depois da epidemia que atingiu toda a Bahia no ano passado – com média de 828 casos para cada 100 mil habitantes – os índices de dengue no Estado registraram queda de 72% na primeira semana de janeiro, com relação ao mesmo período de 2009. Foram registrados, nos primeiros dias de 2010, 359 casos, ante 1.282 em 2009. Apesar dos resultados melhores, a preocupação da administração pública ainda é grande, porque 212 dos 417 municípios do Estado registram índice de infestação predial da larva do mosquito Aedes aegypti superior a 1% (o máximo recomendado pelo Ministério da Saúde). Desses, 60 estão sob risco de surto (infestação predial superior a 3,9%).
Em 2009, 208 municípios tiveram incidência alta da doença, com mais de 300 casos por grupo de 100 mil habitantes. “Não é porque o número de casos baixou que podemos relaxar”, diz o governador Jaques Wagner. “Estamos promovendo uma série de ações, como a distribuição de capas para tanques de água e a intensificação da aplicação de inseticida, mas é necessário que a população também faça sua parte”, declarou.
Segundo a Vigilância Epidemiológica do Estado, o grande aumento no número de casos nos dois últimos anos – em 2008 tinham sido registrados 50.727 – é resultado da volta do tipo 2 do vírus da dengue ao Estado, depois de mais de uma década com baixo registro de contágio. De acordo com a diretora do órgão, Alcina Andrade, os tipos 1 e 3 do vírus circularam mais recentemente no Estado, deixando imunizados os que foram infectados por eles.