Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A doença, no entanto, atinge quase duas vezes mais os homens negros. Este mês, a Campanha Mundial Novembro Azul tenta conscientizar a população sobre o problema.
Segundo o coordenador da Urologia do Imip, Seráfico Junior, todo homem acima de 45 anos deve procurar o urologista uma vez por ano, mas pacientes da raça negra ou com histórico na família de câncer de próstata devem iniciar esse acompanhamento a partir dos 40. “O negro tem, aproximadamente, duas vezes mais chance de desenvolver o câncer de próstata. Já quando o homem tem um parente que já teve o problema, o risco sobe um pouco mais do que o dobro de desenvolver a doença e, a partir do segundo parente diagnosticado, o risco sobe para quatro vezes mais chances do que a população padrão”, destacou.
O Novembro Azul começou na Austrália em 2003 com o objetivo de conscientizar a população masculina a procurar mais os serviços de saúde. No entanto, como em 17 de novembro é lembrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, a campanha ganhou força maior na conscientização do problema.
No Brasil, em média, são diagnosticadas entre 60 e 70 mil homens com câncer de próstata e quase 25 mil vão a óbito. “Todo homem que for ao urologista vai realizar o exame de sangue chamado PSA, ultrassonografia da próstata e, em alguns casos, o toque retal. Nos pacientes que apresentarem alteração, é feita uma investigação através de uma ressonância magnética multiparamédica da próstata e, de acordo com a indicação, realiza-se uma biópsia de próstata guiada por uma ultrassonografia“, explica Dr.Seráfico.
Tabu
O preconceito com o exame do toque da próstata ainda persiste e isso pode atrapalhar o diagnóstico, bem como tratamento. “O preconceito cai muito quando você vê um parente, um vizinho, um amigo morrendo de câncer de próstata e o sofrimento dele. Diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem 97% de chance de cura“, destacou o especialista. As informações são da assessoria da UPAE/Imip.