Sindicato dos Servidores do MPPE encampa bandeira contra precarização das relações de trabalho e criação de cargos comissionados

por Carlos Britto // 19 de novembro de 2018 às 17:00

Foto: divulgação/arquivo

O Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco (Sindsemp-PE) está em campanha contra a precarização das relações de trabalho e a criação de cargos comissionados no MPPE. Segundo a entidade, o assunto – que poderá estar na pauta da reunião do Colégio de Procurados de Justiça que acontece amanhã (20), na sede da Procuradoria Geral do Estado – é uma contradição à prática adotada pela instituição responsável por fiscalizar esse tipo de contratação em diversos órgãos públicos do Estado.

Para se ter uma ideia, de acordo com o presidente do Sindsemp-PE, Fernando Ribamar, do ano passado para cá o Ministério Público combateu por 111 vezes esse tipo de ação nas prefeituras pernambucanas e recentemente foi eleito o mais transparente dos MP´s do país.

Ele reforça que não é de hoje que se trabalha com a perspectiva de criação de centenas de cargos comissionados no MPPE, tampouco essa é uma iniciativa que ocorre apenas em Pernambuco, tendo exemplos em outros Estados do país. No MP de Minas Gerais, foram criados 800 cargos comissionados e extintos 826 cargos efetivos. No entanto, diz Ribamar, a medida apresentada como solução para a demanda por força de trabalho de alguns ministérios públicos é uma maneira de precarizar as relações de trabalho no âmbito da instituição, desconstruindo as carreiras de apoio técnico administrativo e ampliando as possibilidades de que irregularidades ocorram, a exemplo do nepotismo, assédio moral, perda da qualidade no trabalho, entre outras.

Ele defende que os cargos preenchidos através do concurso público trazem como diferencial o comprometimento do servidor com a instituição, já que o vínculo é permanente. Dessa maneira, a eficiência e fortalecimento das relações no serviço público garantem também uma melhor qualidade em prol da sociedade. “A efetividade que o concurso público estabelece traz ainda como consequência o capital intelectual acumulado pela permanência do servidor no seu cargo. As habilidades adquiridas através desse tempo na instituição, traz uma melhor eficiência na performance do servidor, contribuindo de forma direcionada para o melhor desempenho do MP“, considera Ribamar.

Por isso, desde o início do ano o Sindsemp-PE cobra da gestão do MPPE a apresentação do projeto para estruturação de Procuradorias e Promotorias de Justiça que avalia qual a estrutura de suporte técnico necessária para o bom funcionamento da instituição. Com informações da assessoria.

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