Cinco das 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Exu (PE), Sertão do Araripe, estão funcionando sem médicos. O problema começou no mês de julho, quando a prefeitura assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal (MPF), obrigando que os profissionais cumprissem a carga de oito horas diárias, de segunda a sexta-feira. Os profissionais não concordaram e, na época, pediram demissão.
Quase cinco meses depois das rescisões, a prefeitura não conseguiu contratar novos médicos. A Secretaria de Saúde do município aumentou o salário de R$ 8 mil para R$ 12 mil, mas as vagas não despertaram o interesse. Os dois profissionais que atuam nas UBSs de Exu são vinculados ao Programa ‘Mais Médicos’. Um deles é cubano e vai ter que ir embora após o governo do seu país anunciar que estava saindo do programa. O médico Richard Afonso Bonachea não quis gravar entrevista. (Com a colaboração de Anchieta Santos/para o Blog)
Forma-se poucos médicos no Brasil. E a impressão que eu tenho é que dentro da própria classe médica forma-se barreiras para impedir a criação de mais vagas de medicina e de residência médica.