Pela primeira vez Petrolina passa a contar uma sala de educação bilíngue. Esse tipo de ensino possibilita aos estudantes a instrução de, no mínimo, duas línguas no ambiente escolar. O espaço está funcionando na Escola Municipal Nossa Senhora Rainha dos Anjos (antigo CAIC), no turno matutino, com ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Língua Portuguesa.
Os alunos contam com o acompanhamento de um professor instrutor surdo para ensino da língua materna da pessoa com deficiência auditiva (libras) e um professor ouvinte para o português como segunda língua. O ano letivo para essa turma foi iniciado com oito alunos matriculados regularmente, mas a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes tem disponibilidade para ampliação de vagas.
A diretora do Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Deficiência (NAPPNE), Emiliana Freire, vê uma conquista importante para essa faixa de público na cidade. “A língua de sinais é mais do que um recurso metodológico ou simplesmente um meio comunicativo para visibilizar a compreensão de conteúdos escolares. É uma língua de extrema importância para que haja a comunicação entre surdos, ouvintes e o mundo“, avalia.
Pesquisadores afirmam que a língua de sinais como primeira língua para à criança surda leva a seus usuários a usufruir de todas as possibilidades que a língua oral proporciona a uma criança ouvinte e também a uma predisposição à aprendizagem de uma segunda língua, seja ela qual for. Além de contribuir com o de desenvolvimento da cidadania e de valorização da pessoa surda. As informações são da assessoria da PMP.