Conselheiro e coordenador de curso da Univasf envia nota sobre processo para escolha de nomes dos próximos reitor e vice-reitor da instituição

por Carlos Britto // 30 de agosto de 2019 às 12:32

Campus Sede da Univasf, no Centro de Petrolina. (Foto: Blog do Carlos Britto)

O conselheiro e coordenador do Colegiado de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) em Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, Manoel Messias Alves de Sousa, enviou uma nota a este Blog sobre a aprovação, pelo Conselho Universitário da Univasf (Conuni), da realização de uma pesquisa informal para subsidiar a escolha de nomes dos próximos reitor e vice-reitor da instituição.

Acompanhe, na íntegra:

Inicialmente parabenizo este veículo de comunicação pelo protagonismo de contribuir na discussão da eleição para reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, principalmente por oportunizar à toda comunidade circunscrita na área de atuação da instituição, ouvir as propostas divergentes dos diferentes grupos que compõe a UNIVASF, principalmente por entender ser a Universidade o espaço do contraditório, da divergência e da (des) construção.

Neste contexto pulsante, bastante dinâmico, que provoca nos indivíduos diretamente ligados no processo político reações das mais diversas, torna-se necessário esclarecer alguns ruídos e equívocos no processo de comunicação, sob pena de propagarmos informações e entendimentos equivocados que possam influenciar nas importantes decisões que a UNIVASF tomará nos próximos meses.

No dia 29/08/2019 este blog publicou a matéria intitulada “Conselho Universitário aprova pesquisa informal para subsidiar escolha de nomes dos próximos reitor e vice-reitor da Univasf”, que repercutiu muito dentro da universidade, onde foi apresentado o resultado da moção de apoio (regra inicial para eleição de reitor) aprovado pelo Conselho Superior da instituição, estando o professor Manoel Messias Alves de Souza, coordenador do Curso de Ciências da Natureza/campus Senhor do Bonfim contrário a proposta de consulta informal. Neste ponto apresento as considerações que considero IMPRESCINDÍVEIS:

1. O CONUNI criou na reunião ordinária do mês de julho uma Comissão, composta por três conselheiros, dentre os quais o professor Manoel Messias Alves de Souza (conselheiro que sugeriu a criação da comissão), para elaborar uma minuta de proposta de normatização do processo eleitoral para escolha de reitor da instituição;

2. A Comissão elaborou dois documentos, uma proposta de resolução, que posteriormente seria rejeitada em votação do Conuni e uma Moção de Apoio que seguiu em sua maioria os moldes da eleição passada, divergindo apenas no seu ponto 04 (quatro), uma vez que não houve consenso na Comissão e a definição ficou para deliberação no CONUNI na última reunião do Conselho superior no dia 23 de agosto de 2019.

3. E neste ponto apresento o equívoco na interpretação, quando informa-se que “Manoel Messias Alves de Souza havia se manifestado contrário a este processo de consulta informal”. O Professor Manoel Messias sempre defendeu a eleição paritária e, PRINCIPALMENTE, a consulta informal, inclusive defendeu pessoalmente sua posição como relator na reunião do CONUNI, estando registrado no áudio da reunião e posteriormente na ata oficial da mesma. A divergência na verdade ficou apenas no ponto 4 da referida decisão, onde o grupo que representa a atual gestão defende a ideia que julgo ser ilegal e imoral de o candidato ganhador da consulta informal indicar a lista tríplice. Em outras palavras, não seria mais respeitado o resultado da consulta informal, entendimento meu que converge com o entendimento do MEC, reforçado pelo Ofício circular 05/2019/DIFES/SESU-MEC de 19/08/2019. O que defendi na reunião do CONUNI foi que o resultado da consulta informal deveria ser homologado pelo CONUNI, por acreditar que uma eleição paritária, com ampla participação da comunidade universitária reflete o desejo que deva ser legitimamente respeitado. Logo, sempre defendi a consulta informal:

“A eleição do conselho será pública e com processo amplo de abertura das inscrições e possibilidade de ampla participação dos candidatos, com este conselho valorizando por moção de apoio que as chapas que participem do processo de pesquisa informal estejam inscritas junto ao conselho universitário na eleição formal, garantindo que o resultado da consulta informal seja indicada na apresentação da lista tríplice” (proposta defendida pelo professor Manoel Messias na reunião do CONUNI dia 23/08/2019).

Vale ressaltar que nessa mesma reunião um determinado servidor acusou um “possível professor” de ter realizado uma entrevista neste blog, dizendo que o mesmo “tinha vergonha da UNIVASF”. Finalizo desafiando qualquer cidadão a apresentar um áudio de entrevista minha com esta fala, lembrando que na semana passada, ao ser entrevistado por este renomado comunicador, Carlos Britto, deixei claro meu descontentamento com a atual gestão da UNIVASF, mas expressando de maneira clara a esperança em resgatarmos os tempos pujantes de nossa instituição, acreditando que a UNIVASF vai muito além de um projeto de gestão. A UNIVASF somos todos nós que, diariamente, mesmo diante de tantas dificuldades, mantemos vivos os sonhos de nossos sertanejos de uma Universidade Pública, gratuita e de qualidade.

Não adianta tentar criar estereótipos no grupo de oposição da instituição, primeiro por ter participado de reunião com o Ministro da Educação, pois acreditamos que gestores públicos precisam estar bem articulados com o MEC, independente de questões ideológicas. Da mesma forma e não menos importante, não aceitamos as críticas pesadas e a tentativa de rotular nosso grupo de lado A ou B no cenário externo pelo fato de termos nos reunido com o Senador Fernando Bezerra e o Deputado federal Fernando Filho, primeiro pelo fato de nunca termos escondido esta articulação, pelo contrário, E principalmente pelo fato da Universidade estar enfrentando dificuldade financeira, não podendo abrir mãos do poder de articulação desta grandes lideranças, que sempre estiveram à disposição da UNIVASF. Virar as costas para nossos representantes políticos seria um suicídio institucional que, enquanto futuros gestores não aceitaremos. Procuraremos todos que queiram contribuir em defesa da instituição. As articulações políticas externas precisam estar dissociadas de questões ideológicas, precisamos mobilizar nossos representantes locais, em todas as áreas circunscritas onde a UNIVASF tenha campus.

Manoel Messias Alves de Souza/Conselheiro e Coordenador de curso

Conselheiro e coordenador de curso da Univasf envia nota sobre processo para escolha de nomes dos próximos reitor e vice-reitor da instituição

  1. Mov. Estudantil - UNE disse:

    Professor Manoel Messias e seu grupelho tão babando pela poder e prestigio da reitoria e com medo da consulta a comunidade interna. Querem de todas as formas serem escolhidos sendo em segundo lugar ou em ultimo, tendo em vista que já tentaram vencer varias vezes mas sempre foram derrotados nas urnas, mas agora com o governo Bolsonaro que não vem respeitando a decisão democrática e nomeando interventores deixo registrado em nome do MOVIMENTO ESTUDANTIL da UNIVASF, que em caso do senhor Manoel Messias ou qualquer outro grupo ser indicado tendo perdido a consulta publica este não conseguirá por os pés na reitoria com 1 segundo de paz sequer…

    SEJAM DESCENTES E ACEITEM O RESULTADO DEMOCRÁTICO! ACEITAR LUGAR NA REITORIA SEM TER VENCIDO O PROCESSO É FALTA DE CARÁTER.

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