Joaquim Neto e o impacto para a reeleição de Bomfim
A denúncia do Ministério Público da Bahia (MPBA) em Juazeiro (BA), capitaneada pelo promotor Raimundo Mourinhos, no caso do Sindicalista Adalberto Gonzaga, caiu como uma bomba no ambiente político da cidade. Primeiro, porque se trata de uma investigação de desvio de mais de R$ 6 milhões no Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE) de Juazeiro – uma ‘caixa-preta’, segundo a oposição.
Depois, porque se trata de Joaquim Neto, homem de confiança de do ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) e também do atual, Paulo Bomfim (PCdoB).
Até um tempo atrás, Joaquim do SAAE estava na lista para ser um dos candidatos de Isaac para sair candidato a prefeito. O ungido, no entanto, foi Paulo Bomfim, mas longe de Joaquim ser sem prestígio no grupo.
Os adversários lamentaram, mas ao mesmo tempo comemoraram. Esse tiro pode ter sido muito forte na administração de Paulo Bomfim, que pode respingar inclusive no ambiente eleitoral que ele vai entrar quando foi disputar a reeleição em 2020. A oposição, que não se une, pode se unir nessa tese: de que essa brecha pode ser importante demais para desgastar o governo municipal, que já não conta com apoio popular, e tem agora um homem do primeiro escalão denunciado num caso de assassinato.
É tudo, menos algo para ser considerado tênue demais. Mesmo assim, Bomfim decidiu manter Joaquim no governo. Avalizou a honra do homem forte do governo. Não se sabe se o desdobramento dessas investigação pode fazê-lo mudar de opinião. Mas que não é um fato tranquilo, não é.
Urubus, com orgulho
Depois de Gabriel Menezes (PSL), foi a vez do líder oposicionista na Casa Plínio Amorim, Paulo Valgueiro (MDB), dizer que se sentia orgulhoso de ser tachado de “urubu em carniça”, em relação à postura da bancada diante do Governo Miguel Coelho. Segundo Valgueiro, a exemplo do que disse seu colega Gabriel, enquanto urubu ele está “limpando a carniça” da política de Petrolina. Pegou pesado.
Inelegível
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou em decisão na quinta-feira (26), por unanimidade, a inelegibilidade por oito anos do ex-prefeito de Irecê (no norte da Bahia) Luizinho Sobral, pelo uso indevido de emissora de rádio e de site nas eleições de 2012. Foi negado recurso da defesa e confirmada decisão proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
