Cinco dias após a deflagração de uma greve, os auxiliares e técnicos em enfermagem da rede estadual de Pernambuco continuam realizando atos públicos por não obter resposta do Campo da Princesas. No Interior o movimento tem crescido, sobretudo, no Agreste. Caruaru e Garanhuns, além de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú) são alguns dos municípios onde acontecem diversas ações para sensibilizar a sociedade sobre o abandono do Governo Paulo Câmara com a enfermagem de nível médio.
O movimento no Estado tem recebido apoio dos trabalhadores e de entidades sindicais, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), que publicou uma carta na última sexta (31/01), convocando os sindicatos para apoiar a greve. O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem de Pernambuco (Satenpe) orienta que as unidades funcionem com 30% do efetivo.
“Há cinco dias da deflagração da greve, a enfermagem de nível médio está mostrando a realidade da saúde pública. São mais de 10 anos sem reajuste com salário base de R$ 774, inferior ao salário mínimo. Não iremos ficar calados diante de tantos descasos com os trabalhadores e usuários. Permaneceremos firmes na luta até que o governador Paulo Câmara apresente uma solução às reivindicações apresentadas, sem respostas desde o ano passado“, afirmou Francis Herbert, presidente do Satenpe.
Garanhuns
Considerado um dos principais do Agreste, o Hospital Dom Moura, em Garanhuns, está funcionando em regime de 30% na urgência e emergência.