Mais de um mês após o fechamento das escolas em todo o país por conta da pandemia, começam a surgir questionamentos quanto à eficácia de se considerar que as aulas não presenciais e atividades a distância possam substituir o que o aluno aprende na escola. Sobretudo na rede pública, em que o acesso dos estudantes e professores à internet muitas vezes é inexistente ou precário, teme-se o aprofundamento das desigualdades no aprendizado. É com essa preocupação que já surgem ações do Ministério Público e projetos de lei para impedir que o ensino remoto na educação básica seja contabilizado como parte das horas letivas obrigatórias estipuladas pelo Ministério da Educação.
O ministério permitiu a flexibilização dos 200 dias obrigatórios no ano letivo, mantendo, porém, a exigência das 800 horas. Nesta semana, o Conselho Nacional de Educação recomendou que as aulas não presenciais sejam contadas na carga horária, abrindo a possibilidade para que conselho estaduais e municipais, que regulam rede pública e privada, permitam a prática.
Em Pernambuco, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) formalizou denúncia no Ministério Público para que atividades não presenciais não sejam consideradas como substituição de aulas.
Foi também o que fizeram, no Ceará, os membros da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, onde o ensino remoto começou em 30 de março, além de procurarem o Conselho Estadual de Educação e as secretarias municipais e a estadual. De acordo com dados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica, em 2018, um a cada quatro estudantes da rede pública não tinha acesso à internet. (Fonte: Folha de Pernambuco)
Me perdoem a expressão, mas burrice se corrige com prejuízo.
As escolas privadas estão esticando a corda e, óbvio, vai quebrar. Elas vão perder muito mais!
Água e energia são insumos significativos. Em escolas que têm ares condicionados, mais ainda. Oferecer algum percentual de desconto é obrigatório.
Se o colégio do meu filho não entender isso, vai perder 100%.
Como eu disse no início, burrice se corrige com prejuízo.
Os pais devem acompanhar o aprendizado dos filhos, já que boa parte estão em casa também. Não adiantar empurrar toda a responsabilidade na escola. Hoje um grande problema na educação é justamente esse, os pais empurram os filhos para a escola e só querem saber de ver as notas boas no boletim depois, não acompanham de perto como anda o aprendizado.
Sobre as aulas não presenciais não serem consideradas na substituição de carga horária, acredito eu que devem sim ser consideradas, disciplina é a chave para o que o aprendizado não presencial aconteça, novamente entra em cena a atitude dos pais de cobrar essa disciplina dos filhos. Já vi muita gente que nunca pisou os pés na escola, aprendeu tudo em livros em casa e na internet, e conseguiu isso com disciplina e força de vontade.
O defensor da “liberdade”, esconde e/ou não quer enfrentar, debate da desigualdes sociais que se revelam na escola pública, o caldeirão vivo da maioria ao acesso a Educação no País, uma leitura míope.
A pandemia revelou e desvelou a falta de infraestrutura, tecnica, humana e social da escola pública e seus membros.