Pesquisadores da Univasf desenvolvem respirador mecânico para ampliar atendimentos a pacientes com covid-19

por Carlos Britto // 31 de maio de 2020 às 17:22

Foto: Ascom

Um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) pode contribuir para o aumento do número de respiradores pulmonares disponíveis nos hospitais da região. Eles criaram uma tecnologia que automatiza o respirador manual, conhecido como ambu. Com isso, o equipamento poderá atuar como um tipo de ventilador mecânico em pacientes que necessitam de auxílio respiratório, mas não possuem problemas nos pulmões. O que reduziria a demanda por respiradores. 

O protótipo criado pelos pesquisadores da Univasf faz uso de peças da indústria automobilística para fazer com que estes movimentos sejam realizados por uma máquina com sistema computadorizado, que pode realizar de 10 a 30 destes ciclos por segundo. Assim, o ambu mecanizado não irá substituir um respirador pulmonar, mas, utilizado em pacientes com quadros mais simples, contribuirá para diminuir a sobrecarga do sistema de saúde e dos profissionais da área.

O custo total da produção de cada ambu automatizado, segundo a equipe, gira em torno de R$ 1,1 mil. O produto foi construído para ser acessível e possuir custo mais abaixo em relação aos respiradores pulmonares, que em condições normais, é estimado entre R$ 50 e R$ 150 mil, preços que estão mais altos por conta da pandemia. O protótipo está em fase de testes e o objetivo deles é produzir o equipamento em maior escala e encaminhar os produtos ao Hospital Universitário.

Ambu

O ambu é um aparelho utilizado no transporte de pacientes até o acoplamento de um respirador mecânico nas unidades de saúde. Este instrumento funciona como uma espécie de bolsa de ar em que os profissionais da área de saúde realizam, manualmente, o constante movimento de pressionar e, em seguida, soltar o balão de ar do aparelho, de acordo com uma frequência específica para ventilar o paciente.

 

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