Das portas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) para dentro, as coisas parecem não estar nada boas. A crise, que já vem desde o imbróglio em torno da escolha do novo reitor e vice da instituição, ganhou um novo capítulo.

Na última segunda-feira (11) foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração do atual vice-reitor temporário, Valdner Daizio Ramos Clementino (foto). Ele renunciou ao cargo que ocupava desde o dia 17 de abril de 2020 na atual gestão Pro-tempore, que tem à frente o Professor Paulo César Fagundes Neves.

Segundo informações do Blog do Conselho Universitário da Univasf, em seu pedido Valdner alegou incompatibilidade entre ele o reitor Paulo César Fagundes, e o que ele chamou de “atitudes um tanto quanto estranhas”, em carta datada da última terça-feira (12).

A comunidade acadêmica, segundo uma fonte ouvida pelo blog, tem se mostrando insatisfeita com a gestão Pro-tempore, pois os indicados para ocuparem os cargos de reitor e vice temporários foram os membros ligados à chapa que judicializou o processo, tendo como um dos principais líderes o professor Valdner Ramos, que agora nove meses depois resolve entregar o cargo. Além disso, todos os pró-reitores nomeados pela gestão Pro-tempore foram os apoiadores da chapa que paralisou o pleito democrático na justiça e vem se beneficiando deste processo de gestão transitória com a ocupação de cargos.

Clima pesado

Mas segundo essa mesma fonte, o próprio grupo, por não ter um projeto legítimo e aceitação da comunidade, tem mostrado grande inoperância. Uma delas foi a saída abrupta da pró-reitora de gestão de pessoas, que em oficio alegou “desrespeito e desinformação por parte da gestão”, entregando o cargo em 24 de novembro último. A saída do principal articulador político do grupo que ocupa temporariamente a gestão da Univasf causou grande surpresa e, no momento, a Univasf segue sem vice-reitor. A comunidade acadêmica continua esperando há mais de 10 meses a nomeação de um reitor definitivo para ocupar o cargo. Até que isso ocorra, a crise na Univasf não deve dar trégua.