Em artigo enviado a este Blog, o Professor da Univasf, Manoel Messias Alves de Souza, ressalta a urgente necessidade de se adotar o bônus regional como forma de expandir a instituição, sob o modelo de uma universidade mais inclusiva.
Confiram:
A Univasf e o Bônus Regional: não se trata de um projeto político de grupos, mas de um projeto de política pública
Em tempos de pandemia, onde somos mais do que nunca impelidos a buscar meios de promover políticas públicas que fomentem a retomada do crescimento nas diversas áreas/esferas de governo, torna-se condição sine qua non, especialmente no nosso semiárido, firmar uma postura voltada para o Desenvolvimento Regional. E o “bônus regional”, no âmbito da Universidade, entendido como vetor de inclusão e empoderamento de nossa gente, constitui-se em uma importante estratégia para alcançar tal desenvolvimento, na medida em que possibilitará a diminuição da desigualdade no acesso à educação superior.
É fato que a Universidade ainda precisa superar muitas de suas fragilidades. Ao longo dos anos foram se perpetuando, às vezes até involuntariamente, práticas que nos distanciam da necessária inclusão social: precisamos de mais negros, mais índios, mais sertanejos em nossas salas de aula, em nossos projetos e também em nossos quadros docentes e administrativos… Precisamos, verdadeiramente, de uma Univasf mais inclusiva, de uma universidade para todos. E isso implica também na expansão de nossa Univasf, mas de forma ordenada, com o devido planejamento e respeitando os projetos de consolidação existentes para as unidades já implantadas. E se vamos expandir, que não seja mais de forma desordenada, sem as devidas contrapartidas e garantias de investimentos, custeio e manutenção. Sem esse olhar, não há como se falar em expandir.
Já em novembro de 2020, deixamos a proposta do “bônus regional” definida e com relatoria para o CONUNI. É uma pauta urgente! E como tal, deve ser priorizada pela Universidade, pois embora haja várias correntes no âmbito institucional sobre o tema, não se trata de um projeto político de grupos, mas de um projeto de política pública. Precisamos ouvir, sermos ouvidos e chegarmos a um consenso/entendimento com a sociedade que clama por uma resposta da Universidade.
O bônus regional não tem paternidade, até mesmo por ter sido gestado por legítimos movimentos sociais, para além dos muros da universidade… Temas dessa grandeza demandam união institucional, pois não faltarão momentos para retomarmos nossas trincheiras. Mas até lá, que nos unamos neste momento em prol desta demanda, que é sem dúvida representativa de uma das maiores missões de nossa instituição: fomentar o Desenvolvimento Regional de nosso território…
A Univasf é maior que qualquer projeto político interno ou externo e deverá sempre estar alinhada com os anseios da nossa gente. E é neste sentido que parabenizo os esforços do professor Edmilson Santos, notório adversário político no âmbito institucional (reitero nossas posições), mas que conseguiu elevar as discussões relativas às ações de inclusão social e desenvolvimento regional para além dos discursos eloquentes e partidários dentro dos muros da instituição. E quero também, a despeito das questões político-partidárias, manifestar a minha confiança nos colegas que estão conduzindo atualmente a reitoria, em especial na figura do Prof. Paulo César Fagundes, Reitor Pro tempore, a quem direciono, em nome da sociedade, o meu apelo a que a Universidade priorize em sua agenda esta imprescindível discussão.
E como nunca me furtei a participar e apoiar as discussões a respeito deste tema, coloco-me evidentemente à disposição para contribuir e colaborar no que for possível para que possamos alcançar um resultado e dar definitivamente uma resposta à sociedade.
Atenciosamente,
Manoel Messias Alves de Souza/Professor do Colegiado de Ciências da Natureza – Campus Senhor do Bonfim (BA)
Concordo com tudo que o professor Manoel Messias escreveu!
A Univasf tem uma importância imensurável para o semiárido nordestino.
A sociedade civil precisa se organizar e cobrar os parlamentares da região, mas sobretudo o governo para aumentar os recursos da Universidade. A universidade precisa ser expandida em todos os níveis.
Hoje o déficit de servidores administrativos inviabilizam inúmeras ações da universidade. E sabemos que quem faz a universidade andar é a força de trabalho dos administrativos!
Assino embaixo em tudo que o professor e a colega acima falou.
Respeito a Univasf!!!
A universidade precisa sair desse marasmo politico e de gestão.
A universidade precisa resgatar sua pujança na região.