A visita do govenador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a Petrolina, nesta quinta-feira (12), teve mais uma conturbação. Depois do lamaçal da Compesa na EREM Professora Maria Wilza Barros Miranda, no bairro João de Deus, o grupo Beatriz entrou em cena para um protesto contra a falta de resolução sobre o assassinato de Beatriz Angélica, morta a facadas aos 7 anos, há quase seis anos dentro do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina.
Impedidos de entrar no local do evento, o grupo se posicionou em frente à EREM, e com auxílio de um microfone e uma caixa de som, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, protestou: “Ninguém vai me impedir de falar, eu pago os meus impostos e estou em um local público, ninguém vai me tirar daqui não, só se for à força. Quero ver quem tem coragem”, desafiou.
Lucinha acusou o governo de Pernambuco de ser conivente com a impunidade e de impedir, propositadamente, que grupos estrangeiros auxiliem na investigação. “Vocês estão aqui custeados pelo nosso dinheiro, não estamos pedindo favor, investigar um crime é obrigação do Estado. Este governo tolera a impunidade, é cúmplice da criminalidade, essa morte de Beatriz é do governo de Paulo Câmara”, declarou.
Para Lucinha, o governo tem uma parcela de culpa, uma vez que não investe em fiscalizações nas escolas, para que cumpram os termos de conduta do Corpo de Bombeiros, e por não permitir que a Polícia Civil do Estado passe por uma capacitação técnica. E, garantiu que a luta por justiça não está perdendo força.
“Vocês estão errados em pensar que o grupo de Beatriz está perdendo força. Nós agora temos apoio internacional, estamos ganhando força, e eu vou até o fim. Se vocês querem me parar, terão que me matar para me calar. Tem uma equipe de investigação, que é uma das melhores do mundo, que quer vir para Petrolina, querem trazer recursos, querem trazer ciência, e vocês negam, se recusam, por quê? Vocês estão acobertando o assassino de Beatriz?”, questionou.