Uma apresentação promovida pelo projeto ‘Circuito de Dança por Áreas Irrigadas’, com a coordenação da Cia Balançarte, em uma escola estadual no N-9 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, gerou polêmica entre pais de alunos, além de vereadores da Casa Plínio Amorim. Na sessão da última terça-feira (9), um grupo de pais usou a tribuna para protestar contra a ação.
“Eu me deparei com uma situação desagradável. O teor da apresentação original era bom, mas depois veio ativismo, com sexualidade para crianças e militância política. Eu passo o dia na roça, trabalhando e quando chego em casa fico sabendo de um ataque desses, fica meu repúdio”, declarou um pai de aluno.
O repúdio foi respaldado por grande parte dos vereadores, inclusive de Maria Elena (DEM), conhecida por defender pautas culturais. “A Comissão dos Direitos Humanos precisa prestar atenção e cobrar que a arte se faça nas escolas, mas com um entendimento de um ensino sem o teor político partidário”, declarou.
Já o vereador Gilmar Santos (PT) ficou divido, por um lado ele considerou a apresentação dentro da escola “equivocada”, mas também ressaltou que o tema precisa ser debatido. “Eu acho que foi um equívoco. Porém, a apresentação remetia a diversas questões, e uma delas tratava da questão LGBTQIA+, e violência sexual, e por isso, deve ter incomodado muitos pais. A comunidade precisa escutar ambas as partes, e debater o assunto”, pontuou.
Outro lado
Em entrevista ao Programa Painel 100,7, nesta terça-feira (16), o diretor e coordenador do projeto, Marcos Aurélio, e a bailarina e instrutora da oficina, Fernanda Luz, apresentaram o outro lado do assunto.
Fernanda destacou que a Companhia Balançarte atua em Petrolina há mais de 15 anos e que, ao longo de sua existência, defende o fazer artístico vinculado à educação, com práticas pautadas na escuta sensível, no protagonismo juvenil, no respeito às diversidades de gênero, etnia e crenças, por acreditar que a Dança tem, dentre seus fins, o papel de ser veículo de formação e propagação de sujeitos mais críticos e ativos socialmente.
Para Marcos, os vereadores não entenderam o que foi realizado. Segundo ele, o projeto foi aprovado pelo Funcultura 2017/2018, e teve a participação de 30 estudantes. Em uma das apresentações, protagonizada por um adolescente negro gay, uma cena denunciou a violência contra as populações LGBTQIA+.
“A Constituição Federal garante em seu artigo 5º, a livre manifestação do pensamento, expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedada a censura. Bem como, assegura o direito à vida, saúde, educação e liberdade de gênero, sexualidade e credo. Assim, a atuação da companhia encontra respaldo e garantia na Constituição Federal”, pontuou Marcos.
“Em nenhum momento tivemos a intenção de ferir ou causar a revolta de alguém, nós apenas ouvimos os anseios dos estudantes, que nos trouxeram temas que eles precisavam falar, e eles encontraram na arte, uma forma de expressão. Não queremos infringir nenhuma lei, principalmente por estarmos respaldados na democracia e liberdade de expressão, garantidos na Constituição. Lamentamos que a imunidade parlamentar possa ser utilizada como salvo-conduto ao preconceito e discurso de ódio”, concluiu Fernanda. A entrevista completa pode ser conferida no link.
Se até os vereadores de esquerda, notadamente o do PT, entenderam que foi inadequada a apresentação, é porque o negócio passou realmente dos limites.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, regulamentando o artigo 227 da Constituição Federal, estabelece o seguinte:
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação.
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
Ora, qualquer apresentação cultural endereçada a crianças e adolescentes tem que ser adequada à faixa etária deles. Apresentações travestidas de culturais, mas que na verdade promivem especialização precoce, ou doutrinação político-partidária, além de imoral, é também ilegal. Os alunos não podem ser reféns desse tipo de gente que, aproveitando a ausência dos pais, passam a inculcar toda sorte de mazela ideológica nas mentes vulneráveis deles. Não é à toa que mais e mais crescem movimentos do tipo “escola sem partido” e “homeschooling”, como forma de proteger nossos filhos desses covardes.
Interessante, quando alguém repudia um tipo de introdução sorrateira que uns chamam de arte que de arte não tem nada, e sim, incentivar os jovens adolescentes a despertar sua sexualidade! Quem repudia, logo é chamado de omofobico e odioso! Ainda mostra a Constituição! Será que a Constituição só vale para os que praticam tais aryes? Vam catar latas! Respeito é via de mão dupla! Ou não?
*onde se lê especialização precoce, lê-se sexualização precoce
Quanto mais esse pessoal que se entitula “artista” força a barra, querendo empurrar de goela abaixo, a homossexualidade para as crianças, despertando precocemente e de forma errada a sexualidade nessas crianças inocentes, mais as pessoas coerentes, criam em si, uma aversão ao homossexualismo do jeito que estão querendo empurrar! Ora bolas! Sexualidade, qualquer ADULTO, tem o direito de fazer o que bem entende da sua vida! Mas tanto homossexuais, quanto héteros, devem fazer suas escolhas entre 4 paredes! Jamais querer que os outros aceitem aquilo que biológica, fisiológica e genéticamente não se encaixa corretamente! Mais ainda, tentando impor para crianças uma IDEOLOGIA FRACASSADA e MONSTRUOSA, como é essa nefasta IDEOLOGIA DE GÊNERO!
Esse pessoal, que de artista não tem é nada, com a desculpa de querer diminuir o preconceito contra homossexuais, está na prática AUMENTANDO O ÓDIO a quem tenta despertar nas crianças a sexualidade antes do tempo e de FORMA ERRADA!
Lacração e doutrinação
Sugiro para cada pessoal que se deu ao “trabalho” de comentar essa postagem, sem provavelmente não ter ido a sessão da Câmara ou esteve presente na escola no dia da apresentação da Companhia Balançarte, conheça o projeto e seus fazedores no perfil do instagran @ciabalancarte.
Fácil é disseminar falsas verdades travestidas de verdades absolutas, em tempos em que se propaga ódio e preconceito sendo apoiado pela política de governo que rege nosso país por enquanto, é preciso estar ainda mais atenta/o e mais forte e buscar mais a fundo a verdade dos fatos e acontecimentos.
Fiquem em paz!